O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

41 | I Série - Número: 067 | 24 de Março de 2011

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr.ª Deputada, este não é o momento de exercermos todos o nosso sentido de responsabilidade,»

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Exactamente!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — » desde logo o principal partido da oposição? Disse também a Sr.ª Deputada: «É, pois, a pensar no interesse do País e, exclusivamente, no interesse dos mais desfavorecidos que olhamos para este Programa.»

A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Exactamente!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — «Não nos solidarizamos com ele, nada temos a ver com as medidas (»), mas não deixamos de dizer que, sendo a responsabilidade total do Governo, entendemos que ç ao Governo que compete a solução dos problemas. Os senhores criaram-nos, vão ter de os resolver!». E assim justificou a abstenção do PSD no PEC há um ano.
Sr.ª Deputada, hoje, mais do que nunca, o País precisava que todos fôssemos capazes de nos entender para colocar os interesses do País à frente de qualquer outro interesse e evitar uma crise política, que é absolutamente evitável. Está nas nossas mãos evitar essa crise política! Portanto, Sr.ª Deputada, com tudo o que está em jogo neste momento, com tudo o que pode acontecer ao País e à vida dos portugueses, pergunto se está em condições de garantir que a crise política em que podemos mergulhar, se não formos capazes de a evitar, não trará mais problemas para o País, não agravará a nossa condição económica e social, não exigirá medidas mais gravosas das que hoje estão a ser apresentadas. Ou seja, Sr.ª Deputada, pergunto se está em condições de dizer que isto tudo, de facto, não se verificará e que com o PSD isso mesmo não acontecerá.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Manuela Ferreira Leite, quero salientar quatro pontos da sua intervenção.
Em primeiro lugar, pareceu querer afunilar a distinção entre o PS e o PSD no facto de, nas palavras da Sr.ª Deputada, «o PS e o Governo praticarem o discurso do optimismo», ao que, acrescento eu, o PSD praticaria o discurso do pessimismo.
No entanto, o problema é que isto não se reduz ao optimismo e ao pessimismo.

A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — É verdade!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Conduz-se pelas políticas que são defendidas em cada momento e não pelo discurso do optimismo e pelo discurso do pessimismo.
Por outro lado, a Sr.ª Deputada quis convencer-nos que, ao longo de todos estes anos, o PSD, que viabilizou os PEC, que viabilizou os Orçamentos, que apoiou o fundamental das medidas em tantas áreas, como, por exemplo, na justiça, apenas apoiou estas medidas para restabelecer a confiança, em benefício da confiança no País e nas instituições. Não, Sr.ª Deputada! O PSD apoiou estas medidas, porque, no fundamental, esteve sempre de acordo com elas.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Muito bem!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Elas são as suas medidas, são as medidas do seu partido, foram as medidas dos governos onde a Sr.ª Deputada participou!