O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

14 DE OUTUBRO DE 2011

9

Aplausos do CDS-PP.

E o melhor castigo que, porventura, deram ao PSD foi precisamente um mandato para gerir a sua própria

herança.

Na Madeira, como no País, os cidadãos não aceitam que os seus impostos sejam mal geridos e condenam

quem hipotecou a soberania de Portugal e a autonomia da Região. Mas, também na Madeira como no País,

os cidadãos não aceitam serem confundidos com as leviandades financeiras de quem os desgovernou.

Importa hoje, neste Parlamento, alertar para o divórcio, com laivos de separatismo, que está criado entre os

portugueses do Continente e os portugueses da Madeira devido às irresponsabilidades políticas e financeiras

dos governos do Continente e da Região nos últimos anos. É que pode estar em causa a própria unidade

nacional, e essa ameaça é precisamente o que deve ser evitado neste momento dificílimo da vida da

República e da vida da região.

Os tempos, pelas suas dificuldades e necessidades, só podem ser de solidariedade entre todos os

portugueses, independentemente de onde vivem, de como votam e de quem os governa.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. José Manuel Rodrigues (CDS-PP): — Neste quadro, deve ser feito um esforço por todos os agentes

políticos, a começar nos órgãos de soberania e nos órgãos de governo próprio das regiões autónomas, para

ultrapassar os conflitos, as clivagens, as crispações, por forma a que sejam restaurados diálogos e retomadas

negociações que permitam consensualizar as melhores decisões para ultrapassar o problema da dívida da

Madeira.

Aplausos do CDS-PP.

Se é verdade que o Estado não pode esquecer e deve prevenir o descontrolo das contas públicas regionais

e os endividamentos excessivos, é igualmente certo que o Estado não deve ignorar que os custos da

insularidade e da ultraperiferia continuam a existir e que é seu dever constitucional e patriótico manter a

solidariedade para com os portugueses da Madeira.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Portugal, Nação com quase nove séculos, soube sempre, ao longo

da sua História, superar os momentos difíceis e ultrapassar os divisionismos que pontuaram a nossa

existência. Tenho a certeza que saberá de novo vencer esse desafio.

A Madeira, Região com quase seis séculos, também já deu provas da sua capacidade de resistência às

dificuldades e de saber comandar os seus destinos, afirmando Portugal no Atlântico. O mal não está na

autonomia, o mal está em quem não soube governá-la. Tenho a certeza de que os madeirenses não falharão

e que o povo madeirense saberá resgatar a autonomia perdida no quadro da Nação portuguesa.

Apesar das dificuldades, acredito que a Madeira estará à altura das suas responsabilidades.

Apesar das dificuldades, acredito que o Estado saberá honrar as suas solidariedades.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Inscreveram-se três Srs. Deputados para pedirem esclarecimentos ao Sr. Deputado

José Manuel Rodrigues. Agradeço que me informe como pretende responder.

O Sr. José Manuel Rodrigues (CDS-PP): — Um a um, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente: — Assim será, Sr. Deputado.

Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado António Filipe.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — É para dar os parabéns!