O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

30 DE NOVEMBRO DE 2011

51

euros só no que é o SNS «puro e duro» e um desequilíbrio financeiro que importa também uma dívida por

pagar superior a 2000 milhões de euros naquilo que são os hospitais EPE.

O BE sabe, porque discutimos este assunto no âmbito da audição da equipa da saúde, em sede de

Orçamento do Estado, que esses cortes vão ser efectuados, em parte, em despesas com recursos humanos,

não significando que vão ser despedidas pessoas — e o Sr. Deputado sabe disso! —, mas, sobretudo, com o

não pagamento de subsídios de férias e de Natal e com um corte de 20% no trabalho suplementar.

O BE também sabe que grande parte do corte que é feito no sector da saúde respeita aos hospitais EPE,

em que uma série de medidas que estão a ser implementadas visam a optimização de recursos, o combate à

fraude e aos desperdícios que acontecem nos hospitais EPE.

No que respeita à política do medicamento, este Governo tem preconizado uma política muito

consubstanciada e corajosa de aprovação de medidas que, por si só, vão ter um impacto muito superior

àquele que o Sr. Deputado do BE referiu nomeadamente na fixação dos preços de referência, medidas que se

concretizaram nas margens regressivas dos preços dos medicamentos e na proposta do Governo, aprovada

aqui, nesta Assembleia, relativa às patentes e que se concretizam também, e não só, na matéria que está a

ser discutida na Comissão de Saúde com referência à prescrição por denominação comum internacional.

Estas serão, verdadeiramente, as medidas que terão um impacto positivo no aumento da quota dos

genéricos e na baixa do preço dos medicamentos para os utentes, para os cidadãos, tendo,

consequentemente, um impacto positivo na baixa das comparticipações do SNS.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, segue-se o artigo 177.º — Receitas do Serviço Nacional de Saúde.

Tem a palavra o Sr. Deputado António Serrano.

O Sr. António Serrano (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados, o

Partido Socialista entendeu apresentar esta proposta de alteração da Lei do Orçamento do Estado com dois

objectivos fundamentais: em primeiro lugar, garantir uma maior transparência sobre o custo real dos serviços

prestados na área da saúde em cada unidade de saúde, em cada ponto de contacto de cada cidadão com os

serviços que lhe são prestados no SNS, e, simultaneamente, uma maior responsabilização de toda a

sociedade no que se refere à procura de cuidados de saúde.

Entendemos que só é possível melhorar a racionalização da despesa no SNS se se tratar de um trabalho

conjunto, de envolvimento de todos os profissionais e também de toda a sociedade.

Pensamos, desta forma, que podemos também moderar a procura com a criação de um instrumento de

informação ao cidadão que lhe permita, em cada momento que se dirige a um cuidado de saúde, quando

recebe a factura de uma taxa moderadora ou dos serviços que lhe são prestados, receber, a título informativo,

também o valor real do serviço de que está a beneficiar.

Esta abordagem pode introduzir na sociedade portuguesa uma cultura de valorização de tudo aquilo que o

SNS foi criando e disponibilizando ao longo de mais de 30 anos, pois é, de facto, uma conquista que Portugal

tem nestes anos de democracia e que devemos todos, em conjunto, pugnar para que mantenha o mesmo

nível de qualidade.

Ora, neste momento de crise, neste momento de grandes dificuldades económicas e financeiras, o mais

importante é dar uma noção real daquilo que representa esta conquista, daquilo que representa um serviço de

grande valor prestado a toda a população.

Entendemos que, quando o Governo propõe a duplicação das taxas moderadoras no sentido de moderar a

procura, instrumentos como o que propomos aqui que sejam fornecidos, a título informativo, podem ter um

efeito muito mais profundo, muito mais estrutural do ponto de vista da mudança que é necessário criar na

sociedade portuguesa.

É através deste instrumento de informação que podemos vir a tomar decisões mais correctas do ponto de

vista da afectação de recursos nos cuidados de saúde prestados à população.

Portanto, entendemos que esta proposta dará mais valor ao Serviço Nacional de Saúde e permitirá,

paulatinamente, que o SNS se possa preparar, através da tutela, para criar este instrumento.

Páginas Relacionadas
Página 0007:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 7 Teresa Margarida Figueiredo de Vasconcelos Caeiro T
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 44 8 O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Sr.ª Presidente
Pág.Página 8
Página 0009:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 9 A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Secretário
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 44 10 promovendo, dessa forma — de uma forma, diria,
Pág.Página 10
Página 0011:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 11 pague a tributação efectiva, pague os 25% em Portugal, de
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 44 12 das do Prof. Teixeira dos Santos, porque não h
Pág.Página 12
Página 0013:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 13 Se a vossa escolha fosse esta não seria necessário cortar
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 44 14 O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — Sr.
Pág.Página 14
Página 0015:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 15 empresa que apresente lucro no exercício terá necessariam
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 44 16 momento, estão mais estranguladas face à situa
Pág.Página 16
Página 0017:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 17 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Efectiva!
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 44 18 O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Sr.ª Pre
Pág.Página 18
Página 0019:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 19 Directiva, mas a Directiva foi revista em 2003 e, portant
Pág.Página 19
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 44 38 A Sr.ª Presidente: — Está, então, identificada
Pág.Página 38
Página 0039:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 39 O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Sr.ª Presidente, S
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 44 40 O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Por iss
Pág.Página 40
Página 0041:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 41 O Sr. Honório Novo (PCP): — Só queria que me disse
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 44 42 Estado dos Assuntos Fiscais, pela calada, reso
Pág.Página 42
Página 0043:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 43 Estamos a falar, Sr. Deputado Honório Novo, de uma receit
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 44 44 Tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreir
Pág.Página 44
Página 0045:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 45 Vozes do PSD: — Muito bem! O Sr. Hug
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 44 46 O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos
Pág.Página 46
Página 0047:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 47 Uma última nota simplesmente para dizer que as directivas
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 44 48 A Sr.ª Presidente: — Não havendo pedidos relat
Pág.Página 48
Página 0049:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 49 A este respeito, reitero apenas uma velha máxima que por
Pág.Página 49
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 44 50 tem aumentado e vai certamente agravar-se com
Pág.Página 50
Página 0052:
I SÉRIE — NÚMERO 44 52 Aplausos do PS. A Sr.ª President
Pág.Página 52
Página 0053:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 53 É uma consequência inevitável que os Srs. Deputados bem c
Pág.Página 53
Página 0054:
I SÉRIE — NÚMERO 44 54 compensar, as menos-valias resultantes de acto
Pág.Página 54
Página 0055:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 55 Aplicação no tempo do regime de regularização de arrendam
Pág.Página 55
Página 0056:
I SÉRIE — NÚMERO 44 56 O Sr. Honório Novo (PCP): — Pergunte ao Sr. Se
Pág.Página 56
Página 0057:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 57 O Sr. Honório Novo (PCP): — Não vamos falar do offshore d
Pág.Página 57
Página 0058:
I SÉRIE — NÚMERO 44 58 A Sr.ª Presidente: — Terminou o seu tempo, Sr.
Pág.Página 58
Página 0059:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 59 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, relativamente aos ar
Pág.Página 59
Página 0060:
I SÉRIE — NÚMERO 44 60 Aplausos do PCP. A Sr.ª P
Pág.Página 60
Página 0061:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 61 A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Me
Pág.Página 61
Página 0062:
I SÉRIE — NÚMERO 44 62 O Sr. Secretário de Estado das Florestas e Des
Pág.Página 62
Página 0063:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 63 Vozes do PSD: — Claro! Protestos do PCP.
Pág.Página 63
Página 0064:
I SÉRIE — NÚMERO 44 64 Sr.ª Deputada, percebo que o objectivo
Pág.Página 64
Página 0065:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 65 O Sr. João Oliveira (PCP): — Isso é que é viver acima das
Pág.Página 65
Página 0066:
I SÉRIE — NÚMERO 44 66 O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — E também
Pág.Página 66
Página 0067:
30 DE NOVEMBRO DE 2011 67 Vozes do CDS-PP: — Muito bem! O Sr.
Pág.Página 67
Página 0068:
I SÉRIE — NÚMERO 44 68 Temos pena de não ter podido ir mais longe, ma
Pág.Página 68