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I SÉRIE — NÚMERO 96

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Tenho dito que espero, no final deste ano, no último trimestre, uma inversão de ciclo e, no princípio do

próximo ano, a estabilização da atividade, de tal forma que, a partir de 2014, possamos ver retoma significativa

da economia.

Mas, Sr. Deputado, este é o quadro de previsão que um Primeiro-Ministro tem a obrigação de referenciar.

Essa é a nossa expectativa e, nesta altura, não tenho qualquer razão para apontar um caminho diferente.

Espero que isso venha a acontecer, Sr. Deputado, mas, se não acontecer, tal significa que teremos um

caminho mais difícil para fazer.

Os dados que, ainda recentemente, foram revelados, a propósito das exportações, que são, nesta fase, um

motor importante da nossa recuperação, dão-nos alguma confiança quanto ao desempenho que podem vir a

ter também durante este ano.

Se isto se confirmar, espero, Sr. Deputado, repito, espero, Sr. Deputado, que, até ao final deste ano,

possamos começar a ter sinais de inversão de ciclo e que, no próximo ano, possamos ter uma estabilização

da economia.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, muito bem, então, espera o Governo

que, no último trimestre deste ano, comece a recuperação económica.

Sr. Primeiro-Ministro, quer fazer o favor de me explicar por que é que, três anos depois da anunciada

recuperação económica, isto é, em 2015, entende que só pode devolver uma semana ou duas dos dois meses

de salário que tirou aos portugueses.

Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — E, para ser absolutamente preciso, quero perguntar-lhe se quer prometer

ao País que, em 2016, quatro anos depois do começo da recuperação, ou seja, no primeiro ano depois das

eleições, devolve os dois meses de salários.

Aplausos do BE.

Vozes do BE: — Bem lembrado!

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Francisco Louçã, não o espantará, com certeza,

que rejeite exercícios de adivinhação.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não faço exercícios de adivinhação, Sr. Deputado. A forma mais fácil de fazer

demagogia é perguntar para obter respostas que têm de ser, necessariamente, incertas, na medida em que

dependem de variáveis que não estão na nossa mão.

Não há ninguém — e o senhor, que é professor de economia, tinha a obrigação de o saber — que,

estudando ou vivendo, faça previsões com essa antecedência.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O caminho deste Governo, portanto, Sr. Deputado, é muito realista:

esperamos que exista uma inversão de ciclo no final deste ano e estamos a trabalhar para que ela ocorra.

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