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20 DE ABRIL DE 2013

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insustentável, quer do ponto de vista político quer do ponto de vista internacional e, portanto, financeiro

também.

É essa certeza que queremos dar aos portugueses. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance, mas

esse resultado não depende só de nós.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, quem estiver a ouvir-nos lá fora

fará uma pergunta que me parece lógica: «Mas estão a falar de quê?!»

Vozes do PCP: — Exatamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — É que uns não sabem, outros não dizem… Isto, para além da

afirmação do Sr. Primeiro-Ministro de que «estamos muito melhor do que há dois anos». Ó Sr. Primeiro-

Ministro, a dívida aumentou, o problema do défice não se resolveu, o desemprego cresceu, as injustiças e a

pobreza aumentaram, a nossa dependência no plano internacional é maior e o senhor vem dizer que estamos

melhor do que há dois anos?!

Com certeza, muitos portugueses que estão a ouvir-nos sentem-se ofendidos por razões da sua vida, por

razões dos seus problemas, do emprego que não têm, do futuro que está condicionado, particularmente para a

juventude! Estamos melhor onde, Sr. Primeiro-Ministro?

Ao menos, fale verdade na Assembleia da República, neste momento!

Aplausos do PCP.

Também não vale a pena a encenação, Sr. Primeiro-Ministro.

Em preparação está uma nova dose de austeridade sobre os trabalhadores da Administração Pública,

sobre reformados e pensionistas, sobre doentes e desempregados, sobre as funções sociais do Estado.

Sabemos que o Governo decidiu o montante dos cortes, sabemos quem são os destinatários (os mesmos

do costume!), só não sabemos bem a forma de aplicação. Mas acabemos com a encenação, porque está tudo

previsto: os senhores já têm um plano, não têm — por razões da vossa própria fragilidade, devido à redução

da vossa base social de apoio — é coragem de «entrar a matar», estão a hesitar, estão com problemas e

contradições no vosso seio.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Mas a vontade está lá e a decisão está tomada.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Diga lá, Sr. Primeiro-Ministro, se não é assim!

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, não há nenhuma hesitação,

antes pelo contrário. Se houvesse, o Governo furtar-se-ia às suas obrigações, e não se furta a nenhuma das

suas obrigações.

O Governo identificou já, dentro de si próprio, as despesas onde não pode deixar de ir mais longe para

garantir a meta para o défice este ano, e isso será apresentado à Assembleia da República no tempo próprio,

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