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I SÉRIE — NÚMERO 81

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desse ponto de vista, reafirmo aquilo que já disse publicamente: estou convencido de que, depois dos

processos de recapitalização da banca a que assistimos, e com a melhoria da liquidez no sistema financeiro,

há hoje condições para que os bancos possam dar um contributo mais expressivo para o financiamento à

economia. E, em particular junto daqueles que obtiveram financiamento público para fazer essa

recapitalização, o Estado não deixará de, ativamente, fazer valer esses pontos de vista.

Ora, o que quero hoje dizer é que a assunção de que não existe procura está relacionada, como o Sr.

Deputado afirmou, e muito bem,…

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Vou concluir, Sr.ª Presidente.

Como estava a dizer, a assunção de que não existe procura está relacionada, como o Sr. Deputado

afirmou, e muito bem, com o nível de taxas de juro que é praticado e, evidentemente, com o nível de avaliação

de risco que as instituições fazem.

Ora, nós não podemos envolver-nos numa disputa com os bancos sobre a avaliação de risco. Os bancos

farão a sua avaliação de risco. Nós não queremos trazer risco excessivo para a nossa economia, mas também

não podemos permitir que o financiamento à economia, dentro das condições que existam para o assegurar,

não seja feito em tempo útil, de modo a garantir uma inversão da tendência, como pretendemos.

Sr.ª Presidente, Sr. Deputado, quero apenas rematar dizendo que, hoje, temos uma circunstância bem

diferente daquela que herdámos há dois anos, mas tenho a certeza de que o Sr. Deputado Nuno Magalhães

me permitirá completar esta parte, sem alongar, agora, explicações.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Por parte do CDS-PP, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, duas notas prévias, a primeira

das quais, naturalmente, para cumprimentar o Partido Socialista pelo seu 40.º aniversário. É um partido

fundamental para a política e para o sistema político nacional e, sobretudo, teve uma ação muito relevante,

que não esquecemos, na concretização da democracia no nosso País.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Em segundo lugar, se me permite, Sr.ª Presidente, quero também

cumprimentar os Srs. Ministros que pela primeira vez estão presentes neste debate e, naturalmente, desejar-

lhes, em nome do Grupo Parlamentar do CDS-PP, as maiores felicidades e sucessos.

Sr. Primeiro-Ministro, neste primeiro debate quinzenal, depois de Portugal ter realizado uma negociação

difícil, em circunstâncias difíceis, e depois de, reiteradamente, nos últimos meses, nas últimas semanas, aqui,

nestes debates, ter sublinhado a importância da negociação dos prazos de reembolso dos empréstimos

portugueses, e tendo conseguido continuar com o seu Programa de Ajustamento, como o Sr. Primeiro-Ministro

já aqui disse, e bem, no último Conselho de Dublin, apesar das circunstâncias, na companhia certa — na

companhia da Irlanda —, gostaria de felicitar o Governo por essa negociação, nessas circunstâncias, ter sido

conseguida.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Naturalmente, foi uma negociação boa para o Governo, boa para a

maioria, mas, diria eu, sobretudo e mais importante, boa para Portugal, para os portugueses e para o seu

futuro.

Sr. Primeiro-Ministro, como também, de alguma forma, salientou, sendo uma negociação com os nossos

credores e tendo, evidentemente, um bom resultado, teve também contrapartidas. E manda a verdade dizer

que essas contrapartidas não isentam o caminho que estamos a percorrer, de dificuldades e riscos, não só

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