I SÉRIE — NÚMERO 23
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O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as e Srs. Funcionários, Sr.as e Srs. Jornalistas, está aberta a
sessão.
Eram 10 horas e 5 minutos.
Peço aos Srs. Agentes da autoridade que abram as galerias.
Srs. Deputados, como sabem, no âmbito da discussão, na especialidade, da proposta de lei n.º 37/XIII (2.ª)
— Aprova o Orçamento do Estado para 2017, da nossa ordem do dia consta a discussão de artigos e propostas
de alteração avocados pelo Plenário, bem como de artigos e propostas de alteração remetidos a Plenário,
dispondo o Governo e cada grupo parlamentar de 5 minutos, que não serão excedidos, visto que o trabalho tem
de ser feito de forma a terminarmos a horas normais, e consta também a votação dessas normas.
Depois, prosseguiremos com a continuação da discussão, na especialidade, daquela proposta de lei.
Como o Governo ainda não se encontra presente, vamos fazer uma breve pausa. Temos de esperar pelo
Governo uma vez que irá participar no primeiro ponto da nossa ordem de trabalhos, caso contrário
começaríamos imediatamente.
Pausa.
Srs. Deputados, enquanto não chegam os membros do Governo, relembro que há várias avocações que
vamos debater hoje: quatro do CDS-PP, três do BE, cinco do PSD, duas do PCP e uma do PAN.
Os Srs. Deputados podem começar a inscrever-se para irmos ganhando tempo.
Pausa.
Dado que o Governo já se encontra presente, vamos iniciar a discussão das normas avocadas.
Em primeiro lugar, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Pires.
A Sr.ª IsabelPires (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, a luta contra a precariedade é uma das
marcas efetivas deste Orçamento, mas também de uma maioria parlamentar que discute, propõe e chega a
conclusões sobre a execução desta mesma luta.
Assim, o alargamento da Lei n.º 63/2013, conhecida como a lei contra a precariedade, é um avanço muito
significativo na legalização de relações laborais reais que estão encapotadas por outros métodos. Além dos
falsos recibos verdes, mais de 1000 foram até hoje reconhecidos com contrato. Alarga-se, agora, a falsos
estágios e falsas bolsas qualquer relação laboral encapotada.
Importante também é a garantia de não despedimento durante o processo de reconhecimento do contrato
de trabalho, adicionando, assim, um fator de segurança que tantas vezes falta a estes trabalhadores.
Combater a precariedade no Estado e também em cada empresa é o caminho, mas, é certo, ainda terá de
se aprofundar. No entanto, sabemos que há quem não queira este caminho, porque, apesar de hoje se
mostrarem defensores dos precários, estes não se esquecem de quem os colocou na precariedade. E o voto da
proposta em causa vai certificar isso mesmo: quem quer acabar com a precariedade ou quem quer perpetuá-la
como modelo social.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra a Sr.ª Deputada Clara Marques Mendes.
A Sr.ª ClaraMarquesMendes (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados,
este artigo não é mais do que uma tentativa de fazer um número político, em que a esquerda radical diz que é
a única que está preocupada com a precariedade.
Relativamente à aprovação deste artigo na passada sexta-feira, deixo duas notas.