28 DE NOVEMBRO DE 2017
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O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares: — O que a une é muito mais forte e construtivo
do que isso. É a certeza de que, ao contrário do que durante anos nos quiseram convencer, é mesmo possível
viver melhor em Portugal; é a convicção de que essa melhoria é inseparável de um aumento dos rendimentos
das famílias, de maior justiça fiscal, de melhores serviços públicos universais, de melhores infraestruturas e de
uma política económica inteligente; e é a evidência de que para tudo isto o País precisa de um governo
competente, capaz de representar e respeitar os portugueses.
O Governo e a maioria que o apoia estão conscientes de que o País ainda tem muitos problemas de pobreza,
de injustiça, de precariedade. A recuperação de rendimentos e de direitos era urgente e era uma obrigação
moral, mas ainda há muito trabalho para fazer.
Precisamos de investir mais nos nossos serviços públicos e infraestruturas, precisamos de modernizar e de
qualificar a nossa economia, precisamos de preparar agora o País para os desafios das próximas décadas, e
queremos fazê-lo com a mesma competência com que governamos o presente.
Mas, no momento em que este Parlamento se prepara para aprovar o terceiro Orçamento desta maioria, hoje
já sabemos que era possível governar sem culpar os portugueses; que era possível governar sem desrespeitar
a Constituição; que era possível governar sem dividir o nosso povo; que era possível governar sem recorrer ao
medo. O povo recuperou a dignidade, o orgulho no seu País, a confiança numa vida melhor.
A maior vitória do Partido Socialista, do Bloco de Esquerda, do Partido Comunista Português e do Partido
Ecologista «Os Verdes» foi provar que era mesmo possível viver melhor em Portugal.
Aplausos do PS, de pé.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, enquanto os serviços preparam o sistema eletrónico para possibilitar
que nos registemos eletronicamente, queria agradecer a todos os meus colegas da Mesa da Assembleia da
República a participação muito forte que tiveram neste debate, sendo muito justo salientar o trabalho
absolutamente extraordinário que aqui desempenharam ao longo dos dias o Vice-Presidente Jorge Lacão e a
Secretária Idália Serrão.
Queria também saudar e agradecer a todos os membros da Comissão de Orçamento, Finanças e
Modernização Administrativa — sobretudo, à Presidente da Comissão e a toda a mesa — que, ao longo dos
dias, durante dia e noite, trabalharam para que o momento da votação final global das propostas de lei das
Grandes Opções do Plano e do Orçamento do Estado para 2018 fosse possível.
Queria, ainda, agradecer a todos os trabalhadores da Assembleia da República que, nas comissões e no
Plenário, também permitiram que este momento fosse atempadamente cumprido.
Muito obrigado a todos pelo vosso trabalho!
Aplausos gerais.
Srs. Deputados, vamos passar às votações.
Antes de mais, vamos proceder à verificação do quórum de deliberação, utilizando o sistema eletrónico.
Pausa.
O quadro eletrónico regista 226 presenças, às quais se acrescenta a presença dos Srs. Deputados Rita Rato,
do PCP, Gabriela Canavilhas, do PS, e Pedro Alves, do PSD, perfazendo, assim, um total de 229 Deputados,
pelo que temos quórum para proceder às votações.
Sr.as e Srs. Deputados, vamos votar, em votação final global, o texto final, apresentado pela Comissão de
Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, relativo à proposta de lei n.º 99/XIII (3.ª) — Aprova as
Grandes Opções do Plano para 2018.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PS, do BE, do PCP, de Os Verdes e do PAN e
votos contra do PSD e do CDS-PP.