I SÉRIE — NÚMERO 48
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Segundo: a percentagem de jovens com idades entre 15 e 34 anos que não estuda nem trabalha baixou de
13,9% para 11,9%, em 2017, o que significa uma maior participação das novas gerações na sua formação e no
mercado de trabalho.
Os factos vão reforçando a certeza de que a estratégia que esta maioria seguiu era — e é — a estratégia
certa.
O País prosperou e tem hoje mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade, com finanças públicas
equilibradas e sem desvios aos compromissos assumidos, quer perante os portugueses, quer perante as
instituições internacionais.
Factos são factos e não há preconceito ideológico que os possa contradizer.
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, ao Governo cabe definir e executar as políticas públicas que
ultrapassem os nossos bloqueios e melhorem a vida dos cidadãos, mas cabe também desenhar a estratégia de
médio e longo prazo que prepare o País para os múltiplos desafios do futuro.
A sustentabilidade do crescimento económico perante os desafios do século XXI exige que prossigamos de
forma persistente a aposta na inovação como motor do nosso desenvolvimento.
Esta agenda tem como desígnio convergir para a Europa do conhecimento até 2030, assumindo três
prioridades: primeira, reforçar a capacidade de investigação e desenvolvimento; segunda, apostar na inovação
empresarial; terceira, assegurar a qualificação dos recursos humanos.
Por isso, amanhã, o Conselho de Ministros dedicar-se-á especialmente a estas três prioridades, desde logo
aprovando uma nova estratégia de inovação para Portugal 2018-2030, com metas claras — atingir um
investimento global em investigação e desenvolvimento de 3% até 2030, dos quais dois terços corresponda a
despesa de iniciativa privada, democratizar o acesso ao ensino superior, alcançando-se níveis de participação
na ordem dos 60% para os jovens de 20 anos, e alargar para 50% o número de graduados na faixa etária dos
30 aos 34 anos; o Programa GoPortugal, que inclui o apoio a novos acordos de colaboração entre Portugal e a
Carnegie Mellon University, o MIT (Massachusetts Institute of Technology), a Universidade do Texas e a
sociedade Fraunhofer; e uma nova lei da ciência para modernizar o regime jurídico das instituições que se
dedicam à investigação científica e desenvolvimento tecnológico, reforçando as condições de emprego científico
e qualificado e alargando e diversificando a estrutura institucional de modo a aproximar a comunidade científica
da sociedade e da economia.
Aplausos do PS.
A segunda prioridade é a de melhorar o quadro de transferência e absorção do conhecimento por parte das
empresas, promover a transformação estrutural por via do investimento direto estrangeiro e do
empreendedorismo e qualificar o tecido empresarial, continuando sempre a apostar na internacionalização da
economia.
Nesse sentido, aprovaremos, amanhã, a constituição dos primeiros seis Laboratórios Colaborativos,
associando instituições científicas e académicas ao setor produtivo, como previsto no Programa INTERFACE,
privilegiando áreas diretamente associadas à valorização dos nossos recursos endógenos — a floresta, o
Atlântico, as culturas de montanha, a vinha e o vinho no Douro, a valorização das algas no Algarve, a que
acresce a resposta ao desafio global da transformação digital na indústria.
Por outro lado, lançaremos também, em parceria com o instituto Fraunhoffer, um novo centro tecnológico
sobre agricultura de precisão, com dois polos, um associado à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e
outro à Universidade de Évora.
Aplausos do PS.
Por fim, para um modelo de desenvolvimento assente na inovação, há uma condição de partida essencial: a
qualificação dos recursos humanos.