O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

15 DE FEVEREIRO DE 2018

7

consigo, bastou-me ter os votos da bancada que está atrás de mim; para fazer estes debates comigo, o senhor

teve de juntar os votos de outros.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Voltando à minha pergunta, creio que o Sr. Primeiro-Ministro a percebeu mal. Só lhe perguntei se entendia

ou não que havia limites morais ou éticos para o trabalho extraordinário. Qual deve ser o limite? O que está na

lei? Ou o Sr. Primeiro-Ministro entende que não há limites para o trabalho extraordinário?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, este debate decorre desta forma também por uma outra razão: é

porque V. Ex.ª soma pouco, e por isso está na oposição; nós somamos muito, e por isso somos hoje maioria

nesta Assembleia da República.

Aplausos do PS.

A legislação é a que é e o diálogo social é aquilo que permitirá levar as partes onde elas devem chegar. Há

uma coisa em relação à qual tenho a certeza que nenhum de nós deve fazer: é procurar substituir-se às partes

em diálogo, transferindo para a Assembleia da República o diálogo que decorre — e bem — no seio da empresa

e a quem só simplesmente devemos desejar que, tal como tem sido tradição na Autoeuropa, possa ser frutuoso

para a empresa e para os seus trabalhadores.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Soares.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, continua com dificuldade em fazer

contas, o que é já tradicional no Partido Socialista.

Se fizer as contas, constata que os senhores têm 86 Deputados e nós, sozinhos, temos 89 Deputados!

Sr. Primeiro-Ministro, questionei-o, no plano teórico, com toda a latitude, relativamente ao trabalho

extraordinário. A minha pergunta tem uma razão de ser que entronca na Autoeuropa, mas vai mais fundo do

que isso. De resto, é uma questão de fundo da legislação laboral.

Pergunto-lhe diretamente — estou muito habituado a que o Sr. Primeiro-Ministro não me responda a coisa

alguma, mas desta vez faça lá um esforço: 500 horas de trabalho extraordinário, por trabalhador, num ano, é

aceitável?

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, ainda bem que está habituado a que eu não lhe responda, porque

não lhe vou responder.

Protestos do PSD.

Quando o senhor fizer uma pergunta, eu respondo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Soares.