27 DE ABRIL DE 2018
21
Governo que proceda à urgente reabilitação e requalificação da Escola Secundária Ferreira Dias, de Agualva-
Sintra (CDS-PP), 1331/XIII (3.ª) — Recomenda ao Governo urgência na reabilitação e requalificação da Escola
Secundária do Restelo (CDS-PP), 1350/XIII (3.ª) — Recomenda ao Governo que dê cumprimento à Resolução
da Assembleia da República n.º 91/2017 para requalificação da Escola Básica 2,3 do Alto do Lumiar (CDS-PP),
1387/XIII (3.ª) — Reabilitação urgente da Escola Secundária do Restelo, em Lisboa (Os Verdes), 1500/XIII (3.ª)
— Requalificação urgente da Escola Secundária Ferreira Dias, em Agualva-Sintra (Os Verdes), 1527/XIII (3.ª)
— Requalificação urgente da Escola Secundária do Restelo (BE), 1537/XIII (3.ª) — Recomenda ao Governo que
prossiga a adoção de medidas de requalificação da Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclo do Alto do Lumiar (PS),
1538/XIII (3.ª) — Recomenda ao Governo a concretização das obras programadas e o desencadear de medidas
para a requalificação da Escola Secundária Ferreira Dias, em Agualva-Sintra (PS) e 1539/XIII (3.ª) —
Recomenda ao Governo a concretização das obras programadas e o desencadear de medidas para a
requalificação da Escola Secundária do Restelo (PS).
Para iniciar o debate, em nome do Grupo Parlamentar do CDS-PP, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Rita
Bessa.
A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O CDS traz hoje à atenção do
Plenário a situação de três escolas no distrito de Lisboa, todas elas necessitadas de intervenção para
requalificação e cada uma delas tipificando um padrão de atuação que se vai repetindo um pouco por todo o
País.
Em primeiro, veja-se o caso da EB 2,3 do Alto do Lumiar. Foi alvo de visitas por parte de todos os grupos
parlamentares, e também da Sr.ª Secretário de Estado Adjunta, e todos tomámos conhecimento do profundo
estado de degradação desta escola TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária).
Foi aprovada a Resolução da Assembleia da República n.º 91/2017, que recomendava ao Governo na
urgente intervenção nesta escola. Como é que o Governo respondeu a esta recomendação? Fez, de facto, uma
pequena intervenção na escola, de cerca de 120 000 €, incluindo IVA, nos balneários, no campo de futebol e
em parte da cozinha. Nada mais foi realizado ou agendado.
Depois temos o caso da Escola Secundária Ferreira Dias, em Agualva-Sintra. Uma escola com 60 anos que
nunca teve obras de fundo, com inúmeras necessidades em todos os edifícios, sejam os blocos de aulas, a
biblioteca, o ginásio ou as zonas de recreio. Uma escola sobre a qual a Direção-Regional de Educação de Lisboa
e Vale do Tejo afirmou, em 2016, ser conhecida a necessidade urgente de intervenção e que está registada uma
verba de 3.5 milhões de euros no Orçamento que apenas aguarda autorização da tutela.
A Comissão de Educação recebeu uma delegação desta escola e todos tomámos conhecimento do estado
de degradação, tendo também alguns grupos parlamentares visitado a escola. O que fez o Governo? Não
libertou a tal verba que o diretor regional disse estar inscrita e foram feitas apenas pequenas intervenções nos
telhados e no chão do pavilhão gimnodesportivo. Nada mais foi realizado ou agendado.
Finalmente, o caso da Escola Secundária do Restelo também foi notícia pelas piores razões. Primeiro, por
causa de uma greve dos professores de Educação Física por manifesta ausência de condições para lecionar a
disciplina e, depois, por uma praga de ratos que obrigou a fechar a escola por vários dias.
Na verdade, os problemas são muito mais profundos do que estes e a escola requer uma intervenção
completa da qual ainda não foi alvo.
A situação foi amplamente divulgada pelos media e o que fez o Governo? Prometeu começar obras em junho
deste ano, que terão a duração de três anos — isto é, irão para além da Legislatura — e que só ocorrerão,
sempre, nos tempos de pausa letiva nos meses de verão. Assim, para este primeiro verão está anunciada a
retirada do fibrocimento dos telhados da escola e a colocação de novas janelas nos pavilhões 2 e 6.
Sr.as e Srs. Deputados: A questão é que muito pouco ou nada tem sido feito, sobretudo quando comparado
com o discurso voluntarista e de progresso do Governo.
Os senhores falam da paragem das obras durante o Governo anterior, ignorando sempre a presença da
troica, e falam também sempre das verbas programadas no Portugal 2020, que são insuficientes, mas omitem
as baixas taxas de execução do investimento do Orçamento do Estado relativas ao programa de educação e
nunca optam nas suas escolhas públicas por reforçar o Orçamento do Estado naquilo que os fundos estruturais,
aparentemente, não permitem.