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12 DE MAIO DE 2018

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O Sr. António Sales (PS): — Houve algum governo, nos últimos 20 anos, que tivesse feito um esforço para

repor salários, para repor o valor de horas extraordinárias, para repor novas carreiras…

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Foi tudo o que os senhores cortaram!

O Sr. António Sales (PS): — … de técnicos superiores de diagnóstico, a carreira especial de técnicos de

emergência pré-hospitalar e a carreira farmacêutica hospitalar?!

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — É chato estar sempre a lembrar!

O Sr. António Sales (PS): — Pergunto-lhe, Sr. Ministro, para terminar, se, de facto, estamos ou não melhor

do que em 2015 e se o crescimento económico, o rigor orçamental e o equilíbrio das finanças públicas são ou

não bons conselheiros para um Serviço Nacional de Saúde mais saudável.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Paula Santos, do

PCP.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro da Saúde, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs.

Deputados: Não posso deixar de fazer aqui uma referência às intervenções que ouvimos hoje, do PSD e do

CDS, porque o que identificamos é que pretendem uma forma de continuar a atacar o Serviço Nacional de Saúde

para o descredibilizar e beneficiar os interesses privados que existem na saúde, o negócio.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Foi isso que demonstraram!

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Nada disso! É só fantasia!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — O que pretendem é continuar a fazer exatamente o que fizeram há quatro

anos, quando estavam no Governo, que foram opções políticas que visaram o desmantelamento do Serviço

Nacional de Saúde.

Sr. Ministro, sabemos que os problemas que existem no Serviço Nacional de Saúde são estruturais, não são

de hoje, são problemas que já vêm de há muito…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — … e nos quais PSD e CDS têm uma enorme responsabilidade, mas são

problemas que exigem uma resposta.

Na intervenção de hoje, o Sr. Ministro referiu que o que nos dividia era a velocidade e a intensidade das

medidas a adotar, mas não é a velocidade e a intensidade; o Sr. Ministro referiu também, há dias, que não é

possível resolver tudo ao mesmo tempo.

Sr. Ministro, quando há tempos de espera elevados no acesso a consultas e cirurgias, quando há

encerramento de camas nos hospitais, porque não há profissionais de saúde, quando há rutura no

funcionamento dos serviços, não estamos a falar de velocidade nem de intensidade, estamos a falar de

problemas concretos que afetam os utentes e os profissionais de saúde e que exigem respostas eficazes para

os solucionar.

Não é possível contratar mais profissionais de saúde, mas quando há um problema com a banca basta um

assobio e há toda a disponibilidade para responder.