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I SÉRIE — NÚMERO 84

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melhorar, todos os dias, o acesso ao SNS. Para o que não estamos disponíveis é para, de facto, entrar em

diálogos da mentira, do populismo, da falsidade com aqueles que têm, apenas e só, a agenda fingida de agora

se fazerem amigos dos trabalhadores e do SNS, para que, se a curto prazo, por acaso, vierem a tomar o poder,

ensaiarem o seu velho modelo de transformar o SNS num imenso exército de prestação privada, em que o

Estado se limitará apenas e só a financiamento.

Isso, nós não queremos, Sr.ª Deputada!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem, agora, a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto, do CDS.

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro da Saúde, de facto, eu diria que é

desolador aquilo a que hoje assistimos aqui,…

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Pois é!

O Sr. António Sales (PS): — Desoladora é a sua intervenção!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — … porque é um pouco mais do mesmo, quase uma conversa de

surdos para lá do razoável.

As pessoas que estão doentes mereciam mais!

O que o Sr. Ministro vem aqui fazer são promessas e anúncios. Vem justificar um Governo que, aliás, o trata

muito mal, deixe-me dizer-lhe, Sr. Ministro da Saúde, vem aqui imolar-se para justificar o Sr. Ministro das

Finanças e o Sr. Primeiro-Ministro e, neste penoso passa-culpas, aquilo que faz não é responder às pessoas

que estão em lista de espera, não é responder aos doentes com cancro que esperam mais do que o razoável,

não é responder às famílias desesperadas, aquilo que faz é politiquice, atacando a oposição e não apresentando

respostas.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente! Uma vergonha!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Isto está para além do razoável, isto é desolador!

Portanto, voltamos aqui a insistir para que o senhor não seja Centeno, para que seja Ministro da Saúde, para

que apresente soluções, porque o senhor é responsável por esta área há mais de dois anos. Ouça os

profissionais de saúde que seguramente não são nem ingratos nem pouco inteligentes e estão exaustos e

insatisfeitos. Ouça as famílias, ouça a realidade, já que o senhor não tem ouvido os apelos que lhe têm sido

feitos da minha bancada há mais de dois anos.

É penoso ver este contorcionismo político de manobras que pretendem ocultar a realidade. E é penoso,

porque o Governo que o senhor integra tem falhado aos portugueses. Mas a saúde não é uma área para falhar,

Sr. Ministro, a saúde é uma área onde temos de contar com soluções. E tardam soluções da sua parte!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra o Sr. Deputado Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Muito rapidamente, gostaria de dizer

que o Serviço Nacional de Saúde certamente não precisa de reconhecimentos vãos, isto é, de o Sr. Ministro

dizer que reconhece a justeza e a justiça das reivindicações dos profissionais e depois, na prática, não lhes dar

cumprimento.

Mas o Serviço Nacional de Saúde também não precisa de palavras ocas, como as do PSD e as do CDS-

PP,…

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Decidam-se!