I SÉRIE — NÚMERO 29
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o investimento público na ferrovia e na rodovia no ano de 2018, e ele vai voltar a crescer de forma significativa
no ano de 2019.
É assim com a aposta séria no investimento público — e não com esses alarmismos injustificados —; é assim
com um programa como o Ferrovia 2020, o maior programa de investimento nas infraestruturas ferroviárias em
Portugal das últimas décadas, em que dois terços dos seus 2000 milhões são destinados à segurança das
nossas infraestruturas; é assim com os mais de 100 milhões de euros de contratos de conservação da nossa
rodovia, que não são uma promessa, estão em execução muito antes de a oposição se lembrar da segurança
das infraestruturas.
É com estes resultados concretos da ação governativa que podemos dizer aos portugueses que a aposta no
investimento público é séria.
Fizemos o trabalho de casa e estamos agora a colher os resultados, melhorando a qualidade da mobilidade
em Portugal. Sem alarmismos injustificados, é assim que vamos continuar a resolver as necessidades do País,
a melhorar as condições de mobilidade e de segurança das populações.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos ao Sr. Deputado Hélder Amaral, dois Srs.
Deputados.
Sr. Deputado Carlos Pereira, do Grupo Parlamentar do PS, tem a palavra.
O Sr. Carlos Pereira (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Hélder Amaral, não quero afirmar
de forma perentória que os senhores do CDS são os apóstolos da desgraça, mas julgo que não me engano se
afirmar de forma perentória que os senhores do CDS são os apóstolos da previsão da desgraça!
Os senhores, permanentemente, preveem uma desgraça. Se ela acontecer, tudo bem; se não acontecer,
logo se vê.
O Sr. Carlos César (PS): — É verdade!
O Sr. Carlos Pereira (PS): — Este tem sido o vosso discurso nesta Legislatura!
Aplausos do PS.
Sr. Deputado Hélder Amaral, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista vê, naturalmente, com bons olhos e
com relevante pertinência um debate sobre a importância das infraestruturas públicas. Nós não fugimos a esse
debate, queremos e estamos genuinamente disponíveis para esse debate, mas consideramos que um debate
sobre infraestruturas públicas baseado no medo, com intenção de instalar a insegurança, a dúvida e de assustar
os portugueses não é permissível, porque é demasiado mau para um partido que quer ser responsável.
Aplausos do PS.
Devo dizer, em abono da verdade, que temos apreciado neste Parlamento que há muito que o CDS abriu a
«caça ao voto» e a cada dia que passa o que temos observado é que se verifica uma crescente vertigem
populista, tudo pela ganância de auferir mais votos e mais contabilidade eleitoral. Isso não é sério, não é algo
que deve ser associado a um partido responsável.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Carlos Pereira (PS): — Respeitamos todos os mecanismos da democracia, de alguma maneira, todos
aqueles que permitem garantir «mercearia eleitoral», permitam que o diga assim, mas vamos continuar a
denunciar os partidos — neste caso, em particular, o CDS — que criam pânico, que assustam os portugueses
de forma absolutamente insustentável, como é o caso deste debate e da intervenção do CDS no palanque desta
Assembleia da República.