6 DE JULHO DE 2019
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à rede aeroportuária do País, podendo-se, dessa maneira, garantir uma plena acessibilidade de todas e de todos
ao Aeroporto de Beja.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem agora a palavra, para uma intervenção, em nome do
Grupo Parlamentar do CDS-PP, o Sr. Deputado Luís Pedro Mota Soares.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Começo, como é óbvio, por
cumprimentar a Associação para a Defesa do Património Cultural da Região de Beja, muito especialmente na
pessoa de um dos primeiros subscritores, que é o Sr. Florival Baiôa Monteiro, mas também na pessoa do Sr.
Bruno Ferreiro, que penso que estão aqui hoje, aliás, estou a vê-los na galeria e aproveito para os cumprimentar.
Queria dar uma primeira nota: esta petição é assinada por mais de 26 000 pessoas. É um número que pode
não impressionar muito no total nacional, mas, numa região que tem pouco mais de 120 000 eleitores e em que,
nas últimas eleições europeias, votaram 39 000 pessoas, percebemos o grau de expressividade que esta petição
conseguiu ter, muito especificamente no distrito de Beja. Por isto mesmo, sendo a petição um instrumento muito
importante de participação popular no processo democrático, não queria deixar de fazer uma referência muito
especial a estes 26 000 concidadãos portugueses, desta região, que se organizaram para lutar pela defesa do
melhor interesse da sua região.
Tive o privilégio de ser Relator desta mesma petição e, em comissão, ouvi estes peticionários, juntamente
com os Srs. Deputados João Dias, Heitor de Sousa e Pedro do Carmo. Tivemos oportunidade de fazer um
debate que acho que foi muito interessante, mas, acima de tudo, tivemos oportunidade de dar voz a estas
pessoas que, muito para além dos investimentos em concreto que estamos a discutir e que constam do título da
petição, tais como a eletrificação da linha ferroviária entre Casa Branca-Beja-Funcheira e os serviços de saúde,
aquilo que nos disseram, acima de tudo, foi que a região tem um enorme potencial. Há, hoje, investimentos
públicos que estão colocados na região e que têm um enorme potencial, desde o porto de Sines, um porto de
águas profundas, ao Aeroporto de Beja, à dimensão do Alqueva ou ao que está a acontecer em Évora, por
exemplo, com o cluster aeronáutico. E o que eles querem, acima de tudo, é poder ter uma política ativa de
investimentos que potencie a região.
O Sr. João Azevedo Castro (PS): — Foi o vosso Governo que fechou a A26! Foram vocês!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Se há um bom exemplo de investimento público em Portugal,
investimento público que foi reprodutivo e que conseguiu, efetivamente, transformar uma parte muito significativa
do território português, é o investimento que ocorreu em Alqueva.
Protestos do Deputado do PCP João Dias.
É importante lembrar que, mesmo durante o período de ajustamento, em que Portugal foi colocado numa
situação muito difícil, não foi o Partido Comunista Português que conseguiu antecipar em mais de 10 anos a
conclusão do investimento do Alqueva. Quem o fez foi, curiosamente, uma ministra do CDS, hoje presidente do
partido, a ex-Ministra Assunção Cristas.
Aplausos do CDS-PP.
Protestos do PCP.
O Partido Comunista pode falar muito, mas não foi o Partido Comunista que conseguiu concluir este
investimento, que é absolutamente essencial para o País, porque tem capacidade reprodutiva. Por isto mesmo,
para nós, é importante perceber que há investimento que faz sentido.
O que não fazemos é este vociferar do Partido Comunista, que apoia um Governo que, no Ferrovia 2020,
prometeu que a ferrovia iria ter muito investimento, mas que, até este momento, cumpriu menos de 10% desse