I SÉRIE — NÚMERO 9
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Apesar do apoio patriótico do PSD, nos primeiros meses desta crise sanitária, ao Governo socialista em
funções,…
Protestos de Deputados do PS.
… dando-lhe todas as condições políticas e de gestão orçamental para que pudesse implementar as medidas
necessárias à adequação dos serviços públicos, em particular dos serviços de saúde, para cuidar das pessoas,
e da economia, para ajudar as empresas, o Governo falhou.
Não podemos aceitar e não podemos ficar calados, quando, mais de seis meses depois, o Governo não
soube organizar, planear e cuidar daquilo que é fundamental para o País.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Alberto Machado (PSD): — O PSD não compreende como é que, com estes meses de preparação, e já sabendo que caminhávamos para o inverno e para um novo pico da pandemia, não foi possível encontrar
soluções para garantir aos portugueses o acesso aos cuidados de saúde primários.
São centros de saúde fechados, são telefones que tocam e voltam a tocar e não são atendidos, são filas à
porta, são pessoas que desesperam por ser atendidas, algumas desde março, são serviços em rutura por falta
de médicos, de enfermeiros, de administrativos e de auxiliares. É uma situação terceiro-mundista, resultado da
falta de ação e de preparação do Governo naquele que é o ponto nevrálgico desta crise sanitária.
Ao fim de cinco anos de governação do Partido Socialista, a situação crítica para que foi conduzido o SNS
por quem se arroga ser o seu protetor é de colapso do sistema.
Protestos da Deputada do PS Sónia Fertuzinhos.
Foram cinco anos em que o que sobrou de anúncios e propaganda escasseou em realizações e resultados.
Senão, vejamos: em 2011, depois de o Governo do Partido Socialista ter chamado a troica, porque acabou
com o dinheiro, e de ter assinado um memorando castrador da nossa liberdade financeira, foi possível, ainda
assim, ao Governo do PSD,…
Protestos de Deputados do PS.
A verdade é dura, a verdade é dura!
Como dizia, foi possível, ainda assim, ao Governo do PSD, entre 2011 e 2015, reduzir o número de
portugueses sem médico de família, de 1,8 milhões para 1 milhão, atribuindo médico de família a mais de 800
000 portugueses.
O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Muito bem lembrado!
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Querem apagar quatro anos?!
O Sr. Alberto Machado (PSD): — Em 2020, ao fim de cinco anos de governação socialista, o número de portugueses sem médico de família é praticamente o mesmo. Nada fizeram!
O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Muito bem!
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — É porque há mais gente no País, Sr. Deputado!
O Sr. Alberto Machado (PSD): — Aliás, longe vão os tempos em que a fanfarronice do atual Primeiro-Ministro o levava a dizer que, em 2017, todos os portugueses teriam médico de família atribuído. Dizem tudo e
o seu contrário!