O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 22

40

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, este artigo é paradigmático da intervenção do Sr. Secretário de Estado e do Partido Socialista. O facto de trazerem a saúde mental para este debate, quando é, sem dúvida,

em Portugal, a área que mais está carenciada, só mostra uma tremenda lacuna ou hipocrisia política.

Nós, em saúde mental, temos um dado que nenhum país da Europa tem: nos centros de saúde, há mais de

dois anos de espera para uma consulta. Não é um ano, nem três meses, nem seis, são dois anos! E trazerem

esse tema aqui hoje, como um grande avanço do Orçamento do Estado, só pode ser uma brincadeira para os

portugueses.

Protestos das Deputadas do PS Hortense Martins e Joana Lima.

Mas ainda bem que o trazem aqui, porque ainda ontem o Sr. Bastonário da Ordem dos Psicólogos disse que

não há, em Portugal, o mínimo recurso para a saúde mental, infantil e juvenil.

Trazer essa questão a este debate só pode ser brincadeira!

Protestos da Deputada do PS Hortense Martins.

Sr. Secretário de Estado, o facto de dizer, com muito orgulho, que conseguiu fazer-se uma rutura com o

passado, quando o seu Governo e o Governo em que participou são responsáveis pelo maior número de

cativações na história da democracia é, mais uma vez, brincar com os portugueses. Mais de 500 milhões em

cativações, menos de 30% de orçamento executado na saúde e vem aqui a dizer que a direita não transferiu o

dinheiro para a saúde! É fácil transferir, mas se, depois, cativar não vale a pena continuar a transferir, porque,

no final do ano, será sempre a mesma coisa.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr.ª Deputada Telma Guerreira, do PS, tem a palavra.

A Sr.ª Telma Guerreiro (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado André Ventura, lamento muito, mas o que vai fazer é votar contra estes 19 milhões de euros que podem fazer face a essas dificuldades.

Aplausos do PS.

Não houve, até hoje, nenhum Orçamento do Estado que desse o privilégio a esta área da saúde! Este é o

primeiro Orçamento que o faz sem precedentes.

Tenho a certeza de que o Sr. Bastonário da Ordem dos Psicólogos irá ficar, sim, orgulhoso do trabalho que

este Orçamento para 2021 fará pela saúde mental. Este Governo já o meteu na agenda, mas o Sr. Deputado

vai votar contra esta oportunidade.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr. Deputado André Ventura, tem de novo a palavra.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr.ª Deputada, muito obrigada, mas vou só recordá-la, para o caso de a memória lhe faltar, de que o Governo de 2015 já o tinha na agenda, o de 2016 também, o de 2017 também, o

de 2018 também, o de 2019 também, o de 2020 também e o de 2021 também.

Protestos do PS.

Portanto, dizer-nos que está na agenda vale o mesmo que zero! É o mesmo que o Orçamento de milhões

que, depois, é cativado, ou seja, vale zero, não vale absolutamente nada. Até o vermos na vida real dos

portugueses, vale zero.

Protestos do PS.

Páginas Relacionadas
Página 0047:
24 DE NOVEMBRO DE 2020 47 milhões de euros, tal como decorre da Base XXIII da Lei d
Pág.Página 47