1 DE JULHO DE 2021
39
O Sr. Nuno Sá (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Caminhamos para o final deste debate e queria, em primeiro lugar, salientar, e ao mesmo tempo cumprimentar, a presença e a disponibilidade do Governo
neste debate.
Queria destacar três pontos: primeiro, as conquistas e avanços dos últimos seis anos da governação do
PS, com a promoção do emprego, o aumento dos rendimentos dos trabalhadores e as medidas da Agenda
para o Trabalho Digno.
Sr.as e Srs. Deputados, mesmo em plena crise pandémica, o desemprego manteve-se sempre em números
historicamente baixos e a isso não serão alheias as medidas adotadas e implementadas pelo Governo do
Partido Socialista,…
Aplausos do PS.
…que nunca faltou aos portugueses nos momentos mais difíceis, designadamente da crise que
enfrentamos.
Segundo ponto: dizem os partidos à nossa esquerda que é preciso mais e que querem saber o que vai
fazer o PS. No final deste debate, a nossa sociedade, os portugueses, os que nos acompanharam, percebem
muito bem o que deve o Partido Socialista fazer. O PS deve assumir as iniciativas para o progresso laboral,
desde logo porque só o Partido Socialista tem condições para o fazer e liderar.
Aplausos do PS.
Os avanços laborais têm de ser feitos com as melhores propostas, mas também com diálogo, equilíbrio e
com os apoios políticos que reunimos para este caminho de melhorar a vida dos portugueses. Temos de
prosseguir este rumo de conquistas laborais que alcançámos juntos e o PS tem as melhores condições, o
apoio e confiança dos portugueses para o fazer.
Estamos perante desafios emergentes: a necessidade de regular as novas formas de trabalho e
implementar o PRR para a reativação do mercado laboral, temos exigências enormes para a recuperação da
crise, colocando o emprego no centro da economia.
O Governo falou hoje do Livro Verde sobre o Futuro do Trabalho e da importância estrutural para o debate
alargado que está a acontecer, neste momento, na sociedade portuguesa para melhorar o mundo do trabalho
em Portugal.
O Governo reafirmou aqui o seu compromisso com a Agenda para o Trabalho Digno, manifestou a sua
disponibilidade para um diálogo plural e para o encontro de consensos políticos e sociais.
Terceira e última nota: neste debate, é importante que não haja equívocos e que não se tente iludir os
portugueses sobre os muros e fronteiras políticas, designadamente sobre aqueles que não existem. Só existe
um muro, que está aqui à nossa direita. É um muro que resiste ao aumento do salário mínimo nacional, é um
muro de direita que precariza e fragiliza o trabalhador, é um muro que resiste ao aumento da proteção social
dos trabalhadores.
A direita que fique dentro do seu muro. Nós estamos aqui com a valorização do trabalho, com a Agenda
para o Trabalho Digno.
Aplausos do PS.
Os portugueses têm memória, sabem avaliar o que conquistamos e depositam em nós a esperança. O
muro da direita junta as suas pedras, mas à esquerda não temos muros e não será o PS a reerguê-los porque
isso não serve a melhoria da vida dos portugueses.
Aplausos do PS.
Dito isto, Sr.as e Srs. Deputados, quero deixar bem claro que isto não tem nada que ver com o Orçamento
do Estado.