22 DE JULHO DE 2021
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O Sr. Presidente: — Boa tarde, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro e demais Membros do Governo, Sr.as e Srs. Funcionários, Sr.as e Srs. Jornalistas, Sr.as e Srs. Agentes da autoridade.
Vamos dar início à sessão plenária.
Eram 15 horas e 3 minutos.
A agenda de hoje tem como único ponto, forte, o debate sobre o estado da Nação.
Porém, antes de darmos início ao debate, a Sr.ª Secretária Maria da Luz Rosinha irá dar conta do expediente.
Tem a palavra, Sr.ª Secretária Maria da Luz Rosinha.
A Sr.ª Secretária (Maria da Luz Rosinha): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, passo a informar que deram entrada na Mesa, e foram admitidos, o Projeto de Lei n.º 915/XIV/2.ª (Deputada não inscrita Cristina Rodrigues),
que baixa à 6.ª Comissão, e o Projeto de Resolução n.º 1427/XIV/2.ª (PAR).
É só, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr.ª Secretária Maria da Luz Rosinha. Vamos, agora, dar início ao debate sobre o estado da Nação.
Para a intervenção de abertura, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro, António Costa, que aproveito para
saudar fortemente.
O Sr. Primeiro-Ministro (António Costa): — Sr. Presidente da Assembleia da República, Sr.as e Srs. Deputados: Permitam-me que vá direto ao tema deste debate — O que nos exige o estado da Nação?
Da pandemia, ressaltam claramente cinco prioridades.
Primeira: completar o processo de vacinação.
Estamos numa corrida contra o tempo, uma corrida entre a vacinação e a sucessão de novas variantes.
Temos cumprido as metas fixadas e, como previsto, em meados de agosto teremos 73% da população adulta
com a vacinação completa e 82% com, pelo menos, a primeira dose administrada.
É tempo, então, de alargar a nossa ambição e garantir também a proteção das crianças e dos jovens. E
devemos fazê-lo atempadamente, de modo a que o novo ano letivo se possa reiniciar sem risco de novas
interrupções no ensino presencial.
Aguardamos, como é sabido, uma decisão final da Direção-Geral da Saúde sobre a vacinação das crianças
e dos jovens, mas tudo está preparado para que nos fins de semana entre 14 de agosto e 19 de setembro
possam ser administradas as duas doses de vacina às cerca de 570 000 crianças e jovens entre os 12 e os 17
anos.
Aplausos do PS.
Segunda prioridade: prosseguir o reforço do Serviço Nacional Saúde (SNS).
Ficou bem demonstrada a importância do investimento iniciado em 2016 nos recursos humanos, que permitiu
reforçar o Serviço Nacional Saúde com mais 28 984 profissionais de saúde, dos quais 4366 desde final do ano
passado.
Importa agora assegurar a sua vinculação através dos concursos que já estão abertos e iniciar a
concretização do regime de dedicação plena, conforme previsto no nosso Programa do Governo e na Lei de
Bases da Saúde.
Aplausos do PS.
O investimento no Serviço Nacional Saúde não começou, nem pode esgotar-se no combate à pandemia. Por
isso, dedicámos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) 1383 milhões de euros para reforçar os
programas de saúde mental e oral, equipar os centros de saúde com meios complementares de diagnóstico,
criar unidades móveis para a prestação de cuidados de saúde nas regiões de baixa densidade e abrir 5500
camas de cuidados continuados e outras 400 para cuidados paliativos.