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13 DE OUTUBRO DE 2022

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o Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, em conferência de imprensa em Lisboa, após a ‘luz verde’

da Comissão Europeia ao plano de reestruturação da companhia aérea.»

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Mas foi ele ou o pai?

O Sr. Hugo Oliveira (PS): — Portanto, continuamos a considerar, como sempre considerámos, que um

parceiro estratégico para a TAP é importante, porque lhe vai permitir aumentar as vendas, reduzir os custos com

fornecedores e criar uma série de sinergias que a tornarão, certamente, bastante mais competitiva.

Aliás, é mesmo este interesse de várias companhias de aviação em entrar no capital da TAP que revela a

confiança no seu futuro, uma confiança que advém do plano de recuperação estratégico que tem vindo a ser

aplicado.

Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Paula Santos, a pergunta que lhe queria fazer — reconhecendo o

interesse na defesa dos trabalhadores — é se, para o PCP, uma TAP mais viável financeiramente não resultará,

também, na possibilidade de termos trabalhadores com melhores condições no futuro, porque essa também é

uma das grandes preocupações do Partido Socialista.

Aplausos do PS.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Foi com esse argumento que ainda agora mandaram milhares para a rua!

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para pedir esclarecimentos, pelo Grupo Parlamentar do Chega, tem a

palavra o Sr. Deputado Bruno Nunes.

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Paula Santos, o PCP terá

hoje oportunidade para responder à pergunta à qual não consegue responder há 30 anos: o que é que

pretendem fazer à TAP e qual é o processo de reestruturação?

Os senhores dizem: «tem de ser uma companhia de bandeira», e estamos de acordo; «deve manter as rotas

comerciais essenciais para Portugal», e estamos de acordo; «deve manter a ligação à diáspora, para não

perdermos a ligação com os nossos emigrantes», e estamos de acordo. O que os senhores não explicam,

quando dizem «queremos aumentos salariais aqui, aqui e aqui…», é quanto querem nem o que querem, em

concreto. Fica sempre tudo muito no ar! Parecem aqueles aviões que, quando estão a chegar a Lisboa, como

não sabem como é que vão aterrar, dão mais uma volta, até Santarém, para gastarem gasolina. E o que os

senhores fizeram à TAP, ao longo dos últimos 30 anos, foi, de facto, gastar gasolina sem se perceber

exatamente o que querem.

A Sr.ª Deputada fez uma afirmação que eu quase diria tratar-se de xenofobia financeira, quando disse que

não quer cá os estrangeiros a investir.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Exatamente!

O Sr. Bruno Nunes (CH): — O que os portugueses querem é que a TAP seja viável. O que os portugueses

não querem é perder a sua companhia de bandeira. Estamos de acordo com isso! Mas, de uma vez por todas,

ao final de 30 anos, expliquem o que querem fazer.

Da nossa parte — e vocês tanto gritam que somos populistas e não temos propostas —, já admitimos que o

financiamento à TAP pode ser feito. O que queremos saber é como é que a TAP vai devolver o dinheiro aos

portugueses, coisa que nenhum dos outros partidos aqui presentes está interessado em saber.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Claro!

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Interessa, para si e para o seu partido, que se injete muito dinheiro na TAP,

mesmo que fique lá todo enterrado; para a Iniciativa Liberal, que se privatize e se venda a TAP, toda, até ao

último parafuso, porque isto de ter coisas que pertencem ao Estado é uma chatice…

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