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14 DE OUTUBRO DE 2022

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Protestos do PSD e contraprotestos do CH.

Sr. Ministro, recordo-o de que o principal buraco na TAP, a bolha da TAP SGPS que se criou, e onde a TAP

S.A. está metida, começou com um desastre permitido pelo seu Governo, com a compra desastrosa da VM

Brasil, que acarretou um prejuízo de 1000 milhões de euros. Repito, 1000 milhões de euros!

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Bem lembrado!

O Sr. Filipe Melo (CH): — Naturalmente que essa gestão danosa e ruinosa da TAP, com a vossa conivência,

implicou despedimentos, implicou a redução de quase 30% dos seus colaboradores. Quase 30%! Em relação a

2019, há menos 30% de colaboradores e as operações também estão ao nível desse ano. Como é que é possível

a TAP conseguir fazer um serviço com qualidade e excelência, que é o que se exige, com menos 30% de

colaboradores face a 2019?

Sr. Ministro, esses colaboradores — tão maltratados pela Administração da TAP, acusando-o de não haver

diálogo —, relativamente ao plano de reestruturação e ao acordo temporário de emergência, dizem que o

Governo socialista e o Sr. Ministro que tem a tutela, ou pensava que tinha a tutela até o Primeiro-Ministro se

meter na discussão, os ameaçaram a assinarem este acordo, ou seja, ou assinavam ou iam para a segurança

social esticar a mão porque perdiam o emprego.

Aplausos do CH.

Haja decoro e assumam, de uma vez por todas, que esta Administração da TAP, escolhida num qualquer

processo de headhunting, mas que vocês geriram, é responsável pela gestão — e digo-o sem medo das palavras

— ruinosa da TAP.

Vão agora mudar de instalações para o Parque das Nações, para onde os CTT (Correios de Portugal) não

quiseram estar, porque não conseguiam pagar as rendas. Mas a TAP, com dinheiro dos contribuintes, é rica e

pode ir para o Parque das Nações.

Da mesma forma, não nos enganem a dizer que cancelaram os contratos BMW. É falso! Os contratos vão

manter-se e, digo-lhe mais, só não têm ainda os 79 BMW à porta porque a marca não tem disponibilidade para

entrega imediata.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Claro!

O Sr. Filipe Melo (CH): — E, num número mediático, vem a Sr.ª Presidente da Administração dizer «vamos

dar um ano de folga e pensar sobre o que é que vamos fazer daqui por um ano». Ou seja, vamos pensar que,

daqui a um ano, a BMW tem os carrinhos prontos para entrega e a senhora vai recebê-los de mão aberta e dizer

«esta foi a melhor solução, esta era a única opção que tínhamos para não perder dinheiro neste contrato».

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. Filipe Melo (CH): — Sr. Ministro, o que sempre dissemos e fizemos — é falso o senhor acusar o Chega

de ter uma posição dúbia neste processo — foi defender a TAP.

Quando o senhor, há quatro meses, em sede de Orçamento, sentado nessa cadeira, defendia a TAP, com

unhas e dentes, e dizia que a TAP não era para vender, concordámos consigo. Dissemos que era uma

companhia de bandeira, que era a única forma que tínhamos de chegar às nossas comunidades e aos quatro

cantos do mundo, onde há emigrantes portugueses.

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir.

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