O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 54

16

Portugal precisa de ter as contas certas, porque, neste contexto em que o Banco Central Europeu e os outros

bancos centrais vão adotando medidas de aumento das taxas de juro para procurar responder à inflação, temos

uma dívida pública muito elevada e temos de fazer o esforço de reduzir o peso dessa dívida pública para nos

protegermos, às empresas portuguesas e às famílias portuguesas. A melhor proteção que podemos dar às

famílias que têm crédito à habitação é não deixar que a taxa de referência da República suba para níveis que

contagiem as demais taxas de referência pagas na economia em Portugal.

Aplausos do PS.

Sim, queremos ter contas certas, mas dizemos que é preciso compreender bem a natureza específica desta

crise inflacionista — a que existe na Europa é muito distinta, aliás, da que existe nos Estados Unidos. Não resulta

de uma particular afluência da massa monetária em circulação, resulta mesmo da rutura das cadeias de

abastecimento e do brutal aumento dos custos da energia. Portanto, não é através de consecutivas subidas das

taxas de juro que se responde de modo mais eficaz a esta tensão inflacionista.

Temos de saber gerir com prudência para não pormos em causa a credibilidade da República. Temos de

saber gerir com prudência para não alimentar a espiral inflacionista, mas sucessivas subidas da taxa de juro não

contribuem para o controlo da inflação, contribuem antes para aumentar o risco de recessão nas economias

europeias.

Ora, há uma coisa que demonstrámos, desde 2015, a de que a melhor forma de termos contas públicas

certas não é com austeridade, é com crescimento, com emprego e com melhores salários. É assim que

consolidamos a nossa economia e a trajetória de crescimento sustentável que temos mantido e é esse o caminho

que vamos manter, recusando esta campanha do PPE, do PPD/PSD, para um aumento das taxas de juro por

parte do Banco Central Europeu.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado Joaquim Miranda Sarmento pediu a palavra para que efeito?

O Sr. Joaquim Miranda Sarmento (PSD): — Sr. Presidente, é para uma interpelação sobre a condução dos trabalhos.

O Sr. Presidente: — Faça favor.

O Sr. Joaquim Miranda Sarmento (PSD): — É apenas para recordar que o atual governador do Banco de Portugal, que representa Portugal no Conselho de governadores do BCE, foi nomeado por este Governo e é um

ex-Ministro das Finanças do Partido Socialista.

Aplausos do PSD.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — E o que é que isso tem que ver com a condução dos trabalhos?!

O Sr. Presidente: — A interpelação não teve nada que ver com a condução dos trabalhos e, portanto, peço a todos que o evitem.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Ora aí está!

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado Eurico Brilhante Dias também pediu a palavra. Deseja fazer uma interpelação?

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Sim, Sr. Presidente, farei, estritamente, uma interpelação sobre a condução dos trabalhos.

Páginas Relacionadas
Página 0017:
27 DE OUTUBRO DE 2022 17 O Sr. Presidente: — Faça favor. O Sr. Eurico Brilh
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 54 18 O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Era do PPD
Pág.Página 18
Página 0019:
27 DE OUTUBRO DE 2022 19 Sr. Primeiro-Ministro, milhões de portugueses enfrentam, c
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 54 20 O Sr. Primeiro-Ministro: — Anos! O Sr. André
Pág.Página 20