I SÉRIE — NÚMERO 55
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Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, este é um Orçamento que responde ao que é fundamental para as
famílias: estabilidade! Estabilidade na evolução dos rendimentos e segurança para enfrentar o aumento do
custo de vida.
Por isso nos empenhamos tanto na celebração de dois acordos estruturantes: o acordo de rendimentos e
de competitividade e o acordo plurianual de valorização dos trabalhadores da Administração Pública. Em
ambos os casos, são acordos únicos na sua importância, profundidade e extensão.
Empenhámo-nos fortemente na sua celebração pelo sinal político que esta transmite: o sinal do diálogo, do
entendimento mútuo, do compromisso. É da maior importância no momento que vivemos.
Os acordos definem um caminho de melhoria contínua e previsível dos rendimentos de milhões de
portugueses. Ficam aqui definidos aspetos tão centrais como o aumento do salário mínimo para 760 €
mensais, em 2023, e uma subida consecutiva, todos os anos, até atingir os 900 €, em 2026.
Aplausos do PS.
Fica definido o aumento da massa salarial no setor privado e na função pública, de 5,1 %, em 2023, e
aumentos consecutivos em 2024, 2025 e 2026.
Fica definida a redução do IRS (imposto sobre o rendimento das pessoas singulares) das famílias, através
da atualização dos escalões em 5,1 %, da reformulação do mínimo de existência, da redução de 23 % para
21 % da taxa no 2.º escalão, do aumento da dedução para o segundo filho ou da redução do IRS Jovem.
Ficam também definidas medidas de contenção da subida dos preços, como o congelamento dos passes
sociais e dos da CP (Comboios de Portugal), as tarifas reguladas na eletricidade e no gás, a limitação ao
aumento das rendas ou o alargamento do programa Porta 65.
Sim, haverá aumentos todos os anos: em 2023, em 2024, em 2025 e, outra vez, em 2026.
Aplausos do PS.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Aumento dos combustíveis!
O Sr. Ministro das Finanças: — Como pode alguém, com verdade, falar de política de austeridade? Não
pode! Não pode, porque serão quatro anos de aumentos, quatro anos de compromisso, quatro anos de
estabilidade nos rendimentos.
Aplausos do PS.
Como pode alguém desvalorizar os quase 2000 milhões de euros de apoios aos trabalhadores, aos
pensionistas, às crianças, que foram transferidos para mais de 4 milhões de portugueses?! Não pode, porque
estes apoios fazem a diferença na vida dos portugueses.
Como pode alguém, com verdade, falar de cortes, quando, entre o apoio extraordinário deste ano e o
aumento de 2023, os pensionistas receberão precisamente o previsto na lei, 7,3 %?! Não pode, porque
estamos a proteger o rendimento dos pensionistas.
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Muito bem!
O Sr. Ministro das Finanças: — Como pode alguém dizer que não protegemos os mais desfavorecidos,
quando aumentamos as prestações sociais, atualizando o indexante dos apoios sociais a uma taxa de 8 %?!
Não pode, porque estamos a proteger os mais vulneráveis.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Ah, isso é verdade! Os que não trabalham!