6 DE OUTUBRO DE 2023
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Sabemos que Portugal é um país historicamente centralista e profundamente desigual, mas este não tem de
ser o destino do nosso País. Por isso, está nas nossas mãos mudar este destino.
Aplausos da IL.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, em nome do Grupo Parlamentar do Chega, tem a palavra o Sr.
Deputado Rui Paulo Sousa.
O Sr. Rui Paulo Sousa (CH): — Sr.as e Srs. Deputados,…
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, à luz do Regimento, tem de se dirigir ao Presidente e à Assembleia.
Faça favor.
O Sr. Rui Paulo Sousa (CH): — Srs. Membros da Mesa da Assembleia,…
O Sr. Presidente: — Peço desculpa, Sr. Deputado, é mesmo ao Presidente e à Assembleia que se tem de
dirigir.
Protestos do PS.
Peço silêncio.
Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. Rui Paulo Sousa (CH): — Sr. Presidente — infelizmente não é de todos os Deputados, como daqueles
que são agredidos em manifestação, que é o meu caso —,…
Aplausos do CH.
Protestos do PS.
… Sr.as e Srs. Deputados:…
Aplausos do CH, de pé.
Protestos do PS.
… Portugal é um país onde a descentralização é, cada vez mais, uma miragem. Só em Lisboa e Vale do
Tejo, cuja área representa 13 % do território continental, vivem 3,5 milhões de habitantes, cerca de 35 % da
população a residir em Portugal, o que representa grandes desequilíbrios económicos e sociais que os
socialistas, que nos desgovernam há anos, teimam em não resolver.
Em setembro de 2020, a então Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra
Leitão, atualmente nossa Colega Deputada, dizia, e passo a citar, que «a tecnologia vai ajudar a resolver
problemas de baixa densidade populacional no interior, melhorar a mobilidade e resolver problemas de carência
habitacional», mas, até agora, nada. Os socialistas gostam de anúncios e de propaganda, mas, depois, vai-se
a ver e, resultados, nada!
Convém trazer à memória a Comissão Independente para a Descentralização, criada em 2018, em que um
dos objetivos principais era desenvolver um programa de desconcentração da localização de entidades e
serviços públicos, assegurando coerência na presença do Estado no território. Pergunto: quantos debates
públicos foram feitos? Quantas entidades foram auscultadas?
Segundo o relatório produzido e apresentado em 2019 por esta Comissão Independente recomendavam-se
critérios e medidas que visassem permitir a deslocalização dos serviços públicos, assegurando de forma