I SÉRIE — NÚMERO 32
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A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Sr. Presidente, na sequência da minha intervenção, onde referi que
o congelamento do salário mínimo nacional foi decidido pelo Partido Socialista e consta do Memorando de Entendimento,…
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Não é verdade, Sr.ª Deputada! Isso é falso! A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — … pedia ao Sr. Presidente e à Mesa a distribuição das páginas 3
e 23 do Memorando de Entendimento. Protestos do PS e do PCP e contraprotestos do PSD. A Sr.ª Rita Matias (CH): — Aceita que dói menos! O Sr. Presidente: — A Sr.ª Deputada fará o favor de fazer chegar à Mesa os documentos que pretende
distribuir. A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Sim, mas é importante explicar o que é que são os documentos. A
página 3, também do Memorando de Entendimento, é para repor a verdade quanto aos cortes das pensões. Aplausos do PSD. Protestos do PS e contraprotestos do PSD e do CH. O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Sr.ª Deputada, leia tudo! Leia tudo! A Sr.ª Rita Matias (CH): — Grandes machistas! Não deixam falar as mulheres! O Sr. Presidente: — Vamos agora passar à fase do encerramento do debate. Para o efeito, tem a palavra,
em nome do Grupo Parlamentar do PCP, a Sr.ª Deputada Paula Santos. A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Neste debate, o PCP trouxe iniciativas
cruciais para valorizar o trabalho e os trabalhadores, revogar normas gravosas da legislação laboral, reforçar direitos e aumentar salários.
É significativo que, perante soluções concretas para resolver problemas concretos sentidos pelos trabalhadores, haja forças políticas que, nesta Assembleia da República, fujam como o diabo da cruz e que não as queiram discutir.
Aplausos do PCP. Não as querem discutir e nós sabemos bem porquê: não querem que se saiba aquilo que defendem, porque
querem continuar a enganar os trabalhadores e o povo português. Falaram aqui de diálogo, mas o diálogo em que estão a pensar não é com os trabalhadores, é com as
associações patronais, é com os grupos económicos. É com esses que querem continuar a retirar e a atacar os direitos dos trabalhadores para aumentar a exploração e o lucro dos grupos económicos.
Aplausos do PCP. No confronto entre os interesses dos trabalhadores e os interesses do patronato, PS, mas também PSD,
CDS, Iniciativa Liberal e Chega optam sempre pela defesa dos interesses do patronato, deixando clara a natureza das suas opções políticas…
O Sr. Bruno Dias (PCP): — É isso mesmo!