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II SÉRIE—NÚMERO 69

III — PREÇOS

8. Os altos níveis de inflação em que o País tem vivido nos últimos anos, reflexo de um quadro de desequilíbrios económico — financeiros vários» de inadequação da estrutura da oferta interna, da falta de transparência dos circuitos de comercialização, de desvalorização do escudo, de agravamento dos preços internacionais e que em 1977 atingiu os 27,4%, torreou premente o combate à inflação.

Assim, o Plano para 1978 apontava como um dos objectivos do programa de estabilização o «contrôle da inflação em níveis próximos dos 20%».

Tratava-se de uma taxa considerada realista, tendo em conta quer o quadro acima traçado quer os efeitos decorrentes da necessidade de serem prosseguidos outros objectivos de estabilização, dos quais

o primeiro era a redução do deficit da balança de transacções correntes, efeitos esses que implicariam resultados divergentes nas tensões inflacionistas da economia.

Na verdade, actuariam de forma positiva, numa perspectiva anti — inflacionista, as limitações da massa salarial, as limitações da base monetária, do crédito e das despesas públicas. Ao invés, actuariam negativamente os aumentos das taxas de juro, a desvalorização cambial e, em parte, a carga fiscal. A esta divergência de efeitos haveria ainda que juntar a inércia do processo inflacionário auto — sustentado.

Desta multiplicidade de efeitos resultou uma taxa de inflação, em 1978, de 22,1 %, constatando — se, portanto, uma redução em relação ao nível de 1977, que, sendo considerável, não foi, todavia, suficiente para deter a diminuição do poder de compra dos rendimentos do trabalho.

GRÁFICO 8

ÍNDICES DE PREÇOS MÉDIOS NO PRODUTOR DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL (1968 = 100)

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