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II SÉRIE — NÚMERO 39

QUADRO XXV

No mesmo período, a OCDE revelava os seguintes valoras

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Fonte: OCDE.

Analisando o comportamento das várias componentes do IPC ao longo destes últimos anos, verifi-ca-se p seguinte:

QUADRO XXVI

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Fonte: INE.

Observa-se, assim, que o grupo da alimentação e bêbedas apresenta sempre, salvo em 1980, taxas de inflação superiores às médias anuais, constituindo afinal, considerando o seu elevado peso relativo no total, um factor influente no andamento gerai dos preços. O menor crescimento dos preços daquele grimpo em 1980 é explicado peto ano agrícola particularmente favorável.

Valerá a pena lembrar que o actual IPC assente num inquérito, realizado em 1973-1974, às despesas das famílias, pelo qual as despesas com alimentação e bebidas pesam 56,6% no (total, com exokasão da habitação.

A importância relativa dos restantes grupos é, neste total, a seguinte:

percentagem

Vestuário e calçado.............................. 10,7

Despesas de habitação........................... 12,1

Diversos............................................. 20,6

Torna-se assim dano que o andamento dos preços no grupo da alimentação e bebidas assume a maior importância, pelas enormes repercussões —meads e psicológicas — na determinação do ritmo geral da inflação.

Neste sentido, e tentando moderar o ritmo da alta de preços na alimentação e bebidas, têm sido subsidiados os preços de um conjunto de bens essenciais, em rotação aos quais se procurou garantir uma certa estabilidade dos preços.

Parece importante sublinhar que a política económica aplicada privilegiou, no período de 1977 a 1979, a redução do nosso elevado défice externo. Neste sentido, as várias medidas tomadas Smplicavaim efeitos divergentes no evokár das tensões inflacionistas, pois que umas actuariam favoravelmente, enquanto outras exerceriam efeitos desfavoráveis.

De facto, actuaram de forma positiva, numa perspectiva anti-inflaccionista, as limitações ao aumento da massa salarial, as limitações da base monetária, do crédito e das despesas públicas. Ao invés, actuariam negativamente os aumentos das «taxas de juno, a des-valorização cambial e, em parte, a fiscalidae.

A esta divergência de efeitos naverria ainda que juntar os efeitos empoladores da auto-sustentação do processo inflacionista.

De ruferir também que se manteve um sistema bastante ganeralizado de controle administrativo dos preços, que em Fevereiro de 1977, pela publicação do Decreto-Lei n.° 75-Q/77, sofreu algumas alterações em relação ao diploma base inicial (Decreto-Lei n.° 329-A/74, de 10 de Julho). Assim, a Administração procurou garantir que as altas de preços repercurtiam apenas as altas efectivamente verificadas nos custos.

Ao longo do ano de 1980 o ritmo de acréscimo dos preços desacelarou com nitidez. Tendo sido definido pelo Govemro como objectivo, em termos de ônfiação, um crescimento não superior a 20 %, veio a registar-se um aumento médico, relativamente a 1979, de 16,6%, o que é particularmente significativo num período de tensões inflacionistas, agravadas no plano internacional, e representou um progresso de 7,6 pontos relativamente à evolução verificada entre 1978 e 1979.

Os principais instraimeaiitos utilizados no decurso de 1980 pana contenção da aflita de preços foram:

a) Política cambial (revalorização do escudo e

redução do rôtmo mensal da sua depreciação);

b) Política de preços (combale à especulação e

aplicação de uma rigorosa poMca de acompanhamento administrativo do processo de formação dos preços);

c) Politica de rendimentos (exigido fundamen-

tação económico-financeira aos parceiros sociais na discussão dos aumentos satariaàs).

Embora com efeitos posMvos, fundamentalmente a médio prazo, procurou-se ao mesmo itermpo, através da dkiamização do investimento produtivo, criar conduções para a progressiva eliminação de algumas das causas estrutuiaàs explicativas ida nossa inflação.