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6 DE JUNHO DE 1991

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Lamoso, Veiga, Pinheireo, Lajes, Formiga e Maninho, onde vive cerca de 83% da população da freguesia.

Vila Boa do Bispo apresenta um crescimento sistemático da sua população residente, com um peso significativo da componente etária jovem e respectivas implicações no domínio do emprego e na consequente dinâmica sócio-económica, a que não é alheia a existência de recursos naturais (extracção de granitos) e de empresas cujas actividades permitem a absorção de mão-de-obra.

Mediante dados estatísticos disponíveis, Vila Boa do Bispo e Fragim (Amarante) são as únicas freguesias do Vale do Tâmega que ao longo de vários censos apresentam saldo demográfico positivo:

1706 — 260 fogos; 1768 - 329 fogos;

1885 — 362 fogos e 1511 habitantes; 1915 — 393 fogos e 1594 habitantes; 1920 — 433 fogos e 1690 habitantes; 1923 — 438 fogos e 1730 habitantes; 1940 — 634 fogos e 2074 habitantes; 1947 — 517 fogos e 2130 habitantes; 1960 — 2180 habitantes; 1970 — 2440 habitantes; 1981 — 689 fogos e 2548 habitantes.

Na última actualização do recenseamento eleitoral (Maio de 1990) encontram-se inscritos 2330 eleitores, calculando-se uma população na ordem dos 3500 habitantes.

Delineando-se ao longo dos eixos viários, o seu povoamento permite estabelecer um limiar de dimensão urbana ao nível do comércio, indústria e serviços, estratégia de orientação que vai de encontro ao prescrito no PROZED, cuja regulamentação aguarda publicação oficial.

2.2 — Infra-estruturas e transportes

Decorre, nesta data, a abertura de uma conduta entre o Marco e Favões para abastecimento de água, favorecendo Vila Boa do Bispo. Em simultâneo, coloca--se a rede de telecomunicações. Seguir-se-á a rede de saneamento básico. Está assegurada a recolha de lixo. Quanto à electricidade, a freguesia possui uma cobertura eficaz, prevendo-se, no entanto, o seu reforço nos pontos de maior absorção.

Atravessam-na duas estradas nacionais, n.os 320 e 210, passando a segunda longitudinalmente o concelho, constituindo o principal eixo viário estruturante do agrupamento de concelhos de Marco de Canaveses, Amarante, Celorico, Cabeceiras e Mondim de Basto, fazendo-se por aí a sua ligação ao Porto, bem como pela estrada nacional n.° 108 (marginal de Entre-os--Rios). Proximamente através da A4 (Porto-Amarante). A linha ferroviária do Douro serve-a para a mobilidade da sua população activa. A novel transportadora Asa Douro — com horários privilegiados para os chamados espaços nobres — completa a possibilidade de uma grande parte da sua população se deslocar facilmente ao Porto. Alberto Pinto & Filhos é a empresa que faz a ligação através de Penafiel.

Vila Boa do Bispo define, há alguns anos a esta parte, o seu centro: ao longo da estrada nacional n.° 210, entre Lamoso e Bairral, cujo ponto de refe-

rência é a Casa do Povo, edifício gerador da expansão urbana, nas duas margens da estrada, e da criação de infra-estruturas sociais e culturais.

Vários caminhos e estradas, rasgados e ou beneficiados, formam uma malha interna de comunicações que levam a concluir da quase inexistência de lugares isolados na freguesia, o que não impede, todavia, de se concretizarem outros projectos, na senda de cada vez mais e melhor...

2.3 — Equipamentos e habitação

É indubitável a sede do concelho constituir o centro de decisões e o polarizador do desenvolvimento concelhio. Despertam, entretanto, outros pólos, manifestando uma relevância concludente. Assim sucede com Vila Boa do Bispo.

Possuindo um jardim-de-infância e dois núcleos para cobertura do 1.° ciclo, três quartos dos professores são naturais ou residentes na freguesia. Anote-se a proximidade da freguesia à Escola Profissional de Agricultura, cujo projecto se desenvolve a 3 km. A Extensão Educativa de Adultos ministra dois cursos do 2.° ciclo. Cerca de 40 jovens frequentam estabelecimentos universitários no Porto e na UTAD (Vila Real). 15 professores do ensino preparatório e secundário são naturais ou residentes em Vila Boa do Bispo e 2 leccionam no ensino universitário.

Tratando-se do centro geográfico do baixo concelho, existindo compromissos pela parte do poder central na criação de uma C + S, entendemos chegada a hora de tal se concretizar.

2.3.1 — Outros equipamentos

A secção de bombeiros voluntários de Marco de Canaveses, com quartel em terrenos da Casa do Povo, e a sede da junta de freguesia no edifício do jardim--de-infância.

2.3.2 — Habitação

Predominam os edifícios com dois pisos, correspondendo, na generalidade, a um fogo. No censo de 81 Vila Boa do Bispo apresenta-se como a segunda maior freguesia do concelho em número de licenças de construção, registando-se situação similar em 1990. A construção de habitação própria é uma constante nesta freguesia, registando-se uma significativa recuperação de casas com arquitectura tradicional.

2.3.3 — Território-património

Vila Boa do Bispo aparece como freguesia, provavelmente, na primeira metade do século xti. Acusando raízes celtas, profundamente romanizada e cristianizada, a sua toponímica apresenta ainda marcas germânicas (lugares como Fafiães, Ausenda e Eidinho), sendo inequívoca a presença árabe, cuja derrota infligida pelos Gascos de Mónio Viegas na batalha de Valboa, em 990, provoca a fundação do Mosteiro de Santa Maria de Vila Boa do Bispo, em consequência da promessa daquele chefe cristão.

D. Afonso Henriques concede-lhe carta de couto em 1141, depreendendo-se facilmente que esta freguesia se inclui perfeitamente na rota da portugaVidade.