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II SÉRIE-A — NÚMERO 34

diam por uma área superior a 40 000 ha, qualquer coisa como 400 km2.

A fixação das populações nesta região foi aumentando progressivamente, e a partir de certa altura começou a sentir-se a necessidade de uma ermida, até porque estas gentes

eram de princípios religiosos cristãos.

A capela já existente em Lagoa da Palha indica-nos a presença de religiosos por estas bandas.

Conta-se que, ia o ano de 1869, um desses colonos, o religioso Adelino de Jesus, sonha com uma capela na localidade de Pinhal Novo, onde mais tarde se ensinaria a religião aos filhos de todos, transmite esse sonho a seu amigo António Domingos Macau e logo pensam concretizá-lo.

Em 17 de Julho de 1872, com o apoio de José Maria dos Santos, foi feita a cedência ao povo da referida fazenda com a outorga da respecúva escritura. Nesse mesmo mês começa a ser construída a tão desejada capela.

A 2 de Fevereiro de 1874 é celebrada a primeira missa.

Em 1887 foi criada na localidade a escola oficial, que funcionou inicialmente na sacristia, tendo sido seu primeiro professor João Gouveia da Silva de Palmela, em 22 de Junho de 1891 por Manuel Azenha e Manuel Escoural tendo custado um conto de réis.

O Largo de José Maria dos Santos é de domínio público há 105 anos. Todavia, quando foi implantada a República o Estado chamou a si a posse do respectivo largo. Mais tarde, após a morte de José Maria dos Santos, o prior de então, que usufruía do rendimento proveniente da farmácia (funcionando junto da capela) e temendo perder esse rendimento, move influências. Santos Jorge, sem qualquer intenção de lesar o povo mas sim de garantir ao padre esse rendimento e manter o largo e a igreja na pertença do povo, seu verdadeiro possuidor, entra em litígio com a Câmara de Setúbal e vence a demanda, chamando a si a posse do referido local.

Do mercado mensal à feira de Maio

O mercado mensal que ao 2.° domingo de cada mês se realiza em Pinhal Novo é dos maiores do País, senão o maior, e tem a sua génese em remotas feiras que se realizavam em Palhota e Lagoa da Palha.

O primeiro mercado mensal data de 9 de Maio de 1876.

Património histórico e cultural

A estação de caminhos de ferro em Pinhal Novo, classificada na hierarquia das mesmas como sendo de 1." classe, é indubitavelmente o maior nó ferroviário na margem sul do País e um dos maiores de Portugal.

Mas ela é muito mais do que isso. Consütui um património histórico de enorme riqueza, exibindo uma linguagem severa e simultaneamente exuberante.

A torre de controlo da estação reflecte o espírito de uma época marcadamente sonhadora com o progresso e com a tecnologia, a avaliar pelo seu aerodinamismo e o rigor do seu desenho.

Na panorâmica arquitectónica de Pinhal Novo, este é um dos imóveis mais insólitos e plasticamente interessante, cuja classificação e salvaguarda deveriam ser equacionadas.

Ainda ho edifício da estação, qualquer passageiro mais atento já deparou certamente com a maravilhosa colecção de azulejos, que reproduzem alguns monumentos existentes no distrito e exibem ainda muitas das actividades da região.

O jardim de Pinhal Novo, com o seu coreto, capela e envolvente geral são sinónimos do património pinhal--novense, aliado ao poço de água, verdadeiro monumento

histórico, data do século xix e foi em tempos de outrora procurado pelas populações que aí se abasteciam pela primeira vez, mais tarde viria a ser tapado e substituído pelo chafariz, actualmente ainda em actividade, e que data de 14 de Julho de 1952.

Tipologia da população

Com os seus 54 km2, a freguesia de Pinhal Novo é maior que os concelhos vizinhos de Barreiro e Alcochete.

É igualmente maior que os seguintes concelhos: Corvo — 17 km2; Lagoa — 46 km2; Espinho — 23 km2; São João da Madeira — 7 km2; Amadora — 23 km2; Oeiras — 46 km2; Sobral de Monte Agraço — 52 km2; Entroncamento — 14 km2; Vila Nova da Barquinha — 49 km2; Mesão Frio — 27 km2; Câmara de Lobos — 52 km2; Ponta do Sol — 43 km2, e Porto Santo — 4 km2.

Como curiosidade, refira-se ainda que o concelho de Vila Real possui apenas mais 4 km2 (58) e que o vizinho concelho da Moita apenas possui mais 1 km2 (55).

O território de Pinhal Novo é plano e as suas cotas oscilam entre os 25 m-50 m, não existindo declives superiores a 10 %.

Pode-se considerar Pinhal Novo como uma área de transição entre o rural e o urbano, sofrendo influências enormes da pressão urbanística da área sul da Cintura Industrial de Lisboa e Setúbal.

Nos derradeiros anos registam-se grandes transformações sociais e económicas, com a implementação de novas indústrias no concelho de origem, a que se alia inevitavelmente o enorme crescimento populacional assim como um aumento significatívo do sector secundário.

Em 1981 a população activa era de 38%, actualmente é de 50 %.

Verifica-se um crescimento a nível de emprego, não significando que tal não traduza necessariamente que o desemprego no distrito tenha diminuído. Se tivermos em linha de conta que entre 1981 e 1997 se verificou um crescimento populacional na ordem dos 48 %, facilmente concluiremos pelo enorme acervo demográfico de Pinhal Novo.

Tanto o número de famílias como o número de alojamentos aumentaram drasticamente nos últimos anos.

O aumento de famílias estima-se na ordem dos 61,5 %, sendo a percentagem de acréscimo habitacional da ordem dos 94 %.

Requisitos (artigo 4.º, n.» 2, da Lei n.º 142V85, de 18 de Novembro)

Para servir a população da freguesia de Pinhal Novo, cerca de 25 000 habitantes, dispõe de um conjunto diversificado de equipamentos:

Saúde:

Farmácias — 3; Centros de saúde — 3; Policlínicas particulares — 15;

Actividades polarizadoras:

Agências bancárias— 10 (mais 1 em fase de

instalação); Agências de seguros — 6;

Estações dos CTT — 1;

Biblioteca municipal — I (em fase final de construção);

Centros comerciais — 4;