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4190 | II Série A - Número 104 | 20 de Junho de 2003

 

ainda, em termos desportivos, um campo de futebol e um pavilhão desportivo.
No âmbito religioso, é sabida a religiosidade das gentes do mar e do campo, que as leva a deslocar-se a festas e romarias, quer na freguesia, Nossa Senhora das Neves e Santo André das Almas, quer nas da cidade, S. Pedro, Senhora da Assunção e Senhora das Dores, quer noutros concelhos, S. Bento da Porta Aberta, de Vairão e da Várzea, Santa Eufémia, etc. Esta religiosidade fez que, ao longo dos séculos, a população tivesse erigido na freguesia uma quantidade apreciável de nichos, alminhas e cruzeiros. Ainda na parte religiosa é de destacar o Coro Litúrgico de A-Ver-o-Mar.

A actual povoação de A-Ver-o-Mar

Hoje, A-Ver-o-Mar é caracterizadamente uma freguesia urbana, já integrada no Plano Geral de Urbanização da cidade.
Face ao exposto, o CDS-PP entende que se encontram, portanto, reunidos os requisitos no artigo 12.º da Lei n.º 11/82, de 2 de Junho, para que a povoação de A-Ver-o-Mar seja elevada à categoria de vila.
Nesta conformidade, os Deputados do Partido Popular, CDS-PP, abaixo assinados, apresentam à Assembleia da República, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o seguinte projecto de lei:

Artigo único

A povoação de A-Ver-o-Mar, no concelho da Póvoa de Varzim, é elevada à categoria de vila.

Assembleia da República, 30 de Maio de 2003. - Os Deputados do CDS-PP: Henrique Campos Cunha - Telmo Correia - Álvaro Castello-Branco - Diogo Feio - Miguel Paiva.

PROJECTO DE LEI N.º 313/IX
ELEVAÇÃO DA POVOAÇÃO DE LAVRA, NO CONCELHO DE MATOSINHOS, A VILA

Exposição de motivos

Motivos históricos

Localizada no extremo norte de Matosinhos, a localidade de Lavra foi, em tempos remotos, uma povoação pré-romana, dando, posteriormente, origem a uma vila rural romana que se chamou Vilalabra, mais tarde também designada por "Cidade de Laura". Hoje, a freguesia de Lavra é a mais verde e rural do concelho, funcionando como verdadeiro pulmão de Matosinhos.
Terra de campos, neblinas, estradas e ruas marginadas por longos e serpenteados muros graníticos e belíssimas casas rurais.
Em Lavra, o mar é também uma presença constante. As suas praias foram consideradas as segundas - a nível nacional - com maior percentagem de iodo, tendo sido recomendado, ainda não há muitos anos, a permanência nelas durante 30 dias, como terapia ideal para várias doenças, entre outras o tratamento de ossos.
A paisagem desta região, onde os prados penetram areal dentro, foi já comparada por alguns escritores à da Irlanda. De resto, a articulação entre a exploração dos recursos marinhos e o ritmo da vida rural terá sido, desde muito cedo, uma das principais características da freguesia. Terra fértil, de grandes milheirais e afamada produção hortícola e bovina, ao seu ciclo produtivo não era alheia uma relação estreita com a actividade sargaceira. Durante séculos, a apanha do "pilado" (leia-se caranguejo) e do sargaço para adubo das terras foram alguns dos elementos capitais para a elevada produtividade da lavoura da freguesia. Mas o mar - essa constante presença de Lavra - deu também origem ao aparecimento e fixação de uma pequena mas significativa comunidade piscatória em Angeiras.
Há várias décadas atrás, cerca de 40 embarcações e mais de centena e meia de tripulantes constituíam este núcleo de pesca tradicional, ao qual se deveria acrescentar um grande número de mulheres, que auxiliavam em terra, numa multiplicidade de tarefas. Hoje, ainda prevalece naquela localidade uma comunidade piscatória característica.
Lavra possui também múltiplos locais de interesse, que merecem uma visita. É aconselhável iniciá-la pelo histórico e famoso Obelisco da Memória de 28 metros de altura, situado na praia da Arenosa, a sul, na linha divisória com a freguesia de Perafita, que assinala e relembra o desembarque de D. Pedro IV (o Duque de Bragança) com os seus 7500 bravos, em 8 de Julho de 1832.
No adro da igreja, encontramos o Museu Paroquial Padre Ramos, pequeno mas rico em história local e concelhia. Desde logo, no seu exterior, deparamos com um núcleo de diversificados objectos arqueológicos, em pedra, de capital importância. Dentre eles destacamos os vestígios de dois esteios megalíticos, pertencentes a uma anta que terá existido próximo deste local. Mas não se deixe de observar, ainda no exterior, vestígios arquitectónicos e sepulcrais de duas outras importantes estruturas, que, no passado, se fixaram em Lavra: os de uma villa romana existente no vizinho lugar do Fontão e os que terão pertencido a um mosteiro que, neste local, existiu antes ainda da fundação da nossa nacionalidade (século IX), nas imediações da actual rua da Brévia, tendo sido posteriormente abandonado, presumivelmente devido a frequentes ataques de piratas e saqueadores.
Já no interior do referido Museu, encontramos um conjunto significativo de alfaias litúrgicas e de arte sacra, assim como um considerável espólio relacionado com algumas figuras ilustres da história da povoação.
A igreja paroquial de Lavra data de 1721, tendo por padroeiro S. Salvador. Existem provas que levam a concluir que substituiu um templo mais antigo, pré-existente. Exteriormente, a simplicidade deste templo é quebrada pela particularidade de a torre sineira apresentar na sua base um arco de passagem e pelo facto de a sua fachada, (no 2.º quartel do século XX foi recoberta por azulejo e por três painéis igualmente azulejados, os quais foram retirados no ano 2000, para lhe restituir o visual primitivo) apresentar um nicho central que acolhe uma imagem do santo padroeiro.
Quanto ao seu interior, salientam-se a talha dourada, o retábulo-mor, de estilo rocaille, datado de 1772, os belos