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3188 | II Série A - Número 079 | 29 de Julho de 2004

 

no sopé de um morro granítico que assinalava a presença cristã e o direito ao celeiro.
No século XVI, a Meda recebeu foral de D. Manuel I (1 de Junho de 1519) o que veio a implicar o aparecimento, no campo artístico, dois importantes monumentos: o foral (existente no arquivo da câmara municipal) e o pelourinho, de fuste de secção octogonal e assente em cinco graus oitavados.
Em Setembro de 1836, com a revolução de Setembro, promulga-se uma nova divisão territorial e o concelho de Meda vai reintegrar no seu seio, durante todo o século XIX, os outros cinco concelhos que o cercavam: Aveloso, Casteição, Marialva, Ranhados, Longroiva, com as suas respectivas freguesias. Em 1855, a freguesia da Prova, pertença de Penedono e a freguesia de Fontelonga, de Foz Côa em 1898, passam a integrar também o mesmo concelho. Todavia, já em 1872, Meda apresentava-se como cabeça de Câmara, com efeitos administrativos, fiscais, judiciais e eclesiásticos, e a sua posição sai reforçada com a decisão judicial de Barjona de Freitas.
Já na segunda metade do século XIX são lançadas obras de grande interesse social e educacional: criação de escolas, construção das termas de Longroiva, medidas de protecção às crianças abandonadas.
Foi em 1915 que o administrador do concelho, Dr. Artur Augusto Pereira de Faria, adquiriu a Casa Grande da Rua Direita a António Maria Homem de Silveira Sampaio de Almeida e Meio. Este edifício sofreu uma grande remodelação, no ano 2000, com capacidade para albergar os principais serviços camarários, devidamente equipados para responder às necessidades da população de forma eficaz e eficiente.
No último quartel do século XX, Meda urbanizou-se e apareceu com uma face citadina. Construiu-se a barragem de Ranhados que passou a abastecer água ao concelho e concelhos limítrofes. Realizaram-se loteamentos de grande dimensão, na vila, e aldeias próximas, para construção de novos bairros habitacionais: Vale do Pombo, Santo António, Prazo, Barrocal, Morro.
Criaram-se vários complexos sociais, culturais e desportivos

3. Património histórico-cultural
- O Morro de Meda, designado de Castelo. Antiga atalaia num morro granítico, encimado por uma pequena capela, serve também de miradouro e é considerado o ex-libris da povoação;
- Igreja Matriz com características do sub-renascimento, possui retábulo do Barroco de estilo nacional e tecto da capela-mor em caixotões com magníficas pinturas sacras, rematadas com belos florões. Apresenta ainda um portal renascentista;
- Capela do senhor Bom Jesus dos Passos;
- Capela da senhora das Tábuas fundada pelos Templários e remodelada nos séculos XVI e XVIII.
- A ermida da Santa Cruz;
- A fonte manuelina do Espírito Santo, com arco de volta inteira e cúpula piramidal;
- A fonte barroca da devesa, no Parque da Vila;
- A Fonte das Fontainhas;
- O solar das Casas Novas, edifício barroco do século XVIII, da família Lacerda;
- Casa do Dr. Alonso, belo exemplar da Arte Nova;
- Solar da família Lacerda Faria onde funciona actualmente o Patronato, Creche e Jardim Infantil;
- Paços do Concelho, antigo solar da família Sampaio e Melo, século XVIII;
- Pelourinho, do séc. XVI, classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 23 122, D.G. 231, de 11 de Outubro de 1933.

A - Equipamentos cívicos
- Casa da Cultura, com um anfiteatro, cinema, galeria de exposições, salas de formação e pavilhão multiusos,
- Centro de Saúde;
- Biblioteca Municipal;
- Complexo Desportivo, com piscinas cobertas e descobertas, campo de jogos (ténis, basquetebol, mini-golf), salas de ginástica e bar;
- Parque de campismo;
- Pavilhão Gimno-desportivo do Bairro do Morro.

B - Edifícios públicos
- Jardim de Infância, o mais moderno do distrito;
- Escolas do 1.º CEB;
- Escola EB 2,3/secundário;
- Tribunal;
- Quartel do Bombeiros
- Edifício Conde Ferreira;
- Auditório Municipal;
- Posto da Guarda Nacional Republicana;
- Estádio Municipal;
- Arquivo Municipal.

4. Movimento associativo e cooperativo
O movimento associativo e cooperativo teve sempre, neste concelho, bastante pujança, proliferando diversas colectividades de natureza desportiva, recreativa, cultural, humanitária e económica na vila de Meda.
Ao nível desportivo destacamos o Sporting Clube de Meda, criado em 1946, o qual possui equipas de futebol no campeonato distrital da 1.ª divisão em diversos escalões. No âmbito desportivo existem, ainda, o Núcleo Sportinguista, a Casa do Benfica, a Associação de Caça e Pesca e o Clube Motard.
No âmbito social e humanitário, poderemos destacar a Associação humanitária dos Bombeiros Voluntários de Meda, que obteve existência legal em 22 de Junho de 1930. Com carácter de beneficência e apoio social, existe o Instituto D. Maria do Carmo Lacerda de Faria e a Santa Casa de Misericórdia, os quais possuem, correspondentemente, as seguintes valências: Creche e Jardim de Infância desde 1947; um Lar de Terceira Idade, um Centro de Dia e OTL (Ocupação de Tempos Livres).
Já ao nível cultural e recreativo, poderemos referir um maior número de colectividades que desenvolvem actividades nas áreas da cultura e recreio, nomeadamente:

- O Centro Cultural e Recreativo, com dois ranchos folclóricos;
- A Associação Sol na Eira, com um grupo de música popular;
- Os grupos corais e religiosos;
- Um grupo de teatro amador.