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0032 | II Série A - Número 021 | 04 de Dezembro de 2004

 

Logo, nome de Jesu,
E farei dinheiro grosso.
Do que este azeite render
Comprarei ovos de pata,
Que he coisa mais barata
Qu'eu de lá posso trazer.

Foi confirmada, no ano de 1306, por D. Dinis que substituiu a sua periodicidade anual por realizações mensais e com duração de 3 dias (os 3 últimos dias de cada mês).
Foi então fundada a Feira Franca.
Os feirantes não pagavam imposto em Trancoso. Era garantida a segurança dos feirantes nas viagens. Era proibida a cobrança de dívidas aos feirantes em Trancoso.
Quem atacasse feirantes ou cidadãos que se dirigiam ou que vinham da feira de Trancoso, durante a viagem, eram condenados à morte. Estavam proibidas as feiras nos concelhos próximos durante esses dias.
A feira passou a ser semanal a partir de 1459, mantendo-se até hoje. Anteriormente realizava-se aos domingos, depois passou para os sábados e, só em 1974 é que passa para as Sextas-feiras.

9.4 - A Batalha de São Marcos:

A Batalha de Trancoso ou de S. Marcos como vulgarmente se chama, travou-se a 29 de Maio de 1385 e não a 25 de Abril, convicção que se manteve durante muitos anos.
Todavia, apesar da importante, erudita e conclusiva afirmação do Prof. Doutor Salvador Dias Arnaut, proferida em 1985, o acontecimento vale por si e não pelo dia em que se deu.
Quando Carmen Batle, no seu estudo sobre a batalha, revelou ter encontrado, ou melhor dito, existir no Museu Mars de Barcelona - como nos comunica aquele mesmo investigador - uma lápide no túmulo de um dos capitães mortos nesse mesmo lugar, onde se lê, conclusivamente, que o militar castelhano sucumbira em tal luta a 29 de Maio de 1385, estavam desfeitas as dúvidas e comprovadas as teorias, que desde o cronista Fernão Lopes, a tantos outros historiadores até ao eminente medievalista Salvador Dias Arnaut, sustentavam esta data.
A Batalha de Trancoso foi uma das mais importantes, travadas na Guerra da Sucessão na crise de 1383-1385 que se seguiu à morte do Rei D. Fernando I.
Na sequência das Cortes de Coimbra em Abril de 1385, que proclamara D. João I rei de Portugal, D. João rei de Castela invadiu Portugal, fazendo entrar parte de seu exército com o objectivo de cercar Lisboa e outra parte numa manobra de diversão, entrou por Viseu, aproveitando o facto de o exército português estar no Norte do País.
Os castelhanos foram completamente derrotados em Trancoso, sendo os portugueses capitaneados pelo Alcaide de Trancoso, Gonçalo Vasques Coutinho pai do célebre Magriço, com a ajuda de outros alcaides de importantes praças da Beira.
Ao todo estiveram envolvidos na batalha de Trancoso mais de 5.000 homens de armas.
O desfecho da batalha de Trancoso fez voltar atrás, o grosso exército Castelhano o que permitiu que o exército Português pudesse recuperar e esperar os castelhanos em Aljubarrota.
Por proposta do Exército Português e da Fundação Batalha de Aljubarrota, com o parecer do IPPAR, foi classificado como Monumento Nacional o Planalto da Batalha de Trancoso, por decreto do corrente ano, o que evidencia a importância histórica deste notável e épico combate em Trancoso.

9.5 - Gonçalo Anes Bandarra:

Escreveu Fernando Pessoa:

"Sonhava, anónimo e disperso
O Império por deus mesmo visto,
Confuso como o Universo
E Plebeu como Jesus Cristo.

Não foi Santo nem Herói,
Mas Deus sagrou com seu sinal