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0029 | II Série A - Número 021 | 04 de Dezembro de 2004

 

Gonçalo Fernandes Trancoso:
É, sem sombra de dúvida, o primeiro grande contista português, nascido em Trancoso, no século XVI e pertencente à famosa escola de Boccacio. Os seus "Contos de Proveito e Exemplo" são uma obra marcante na literatura portuguesa e, talvez, aquela que mais edições teve.
Padre António de Almeida:
Outro grande missionário jesuíta nascido em Trancoso, ainda no século XVI, cuja acção foi verdadeiramente notável. As suas cartas sobre as coisas da China, para o Padre Duarte de Sande, foram publicadas em italiano e espanhol e são tidas como brilhantes peças sobre a vida do oriente.
Afonso de Lucena:
Nascido em Trancoso, licenciou-se em Direito Civil na Universidade de Coimbra e vivia ainda no ano de 1611, segundo se pode saber. Foi Jurisconsulto de nomeada e secretário e procurador da Duquesa de Bragança, D. Catarina, cujos direitos ao trono defendeu, tenazmente, através de uma famosa alegação, dirigida ao rei-cardeal D. Henrique, em 1579.
Francisco de Lucena:
Filho de Afonso de Lucena e também natural de Trancoso, foi Secretário de Estado de D. João VI. Por razões políticas, em especial, por haver a suspeita que seu pai havia atraiçoado a Casa de Bragança, revelando segredos de D. Catarina e por ele próprio ter sido secretário de mercês, juntamente com Miguel de Vasconcelos, acabou por cair em desgraça, acusado finalmente, de cumplicidade na conjura contra o monarca. Depois de um processo duvidoso, é condenado à morte e degolado, em 28 de Abril de 1643. Julga-se de maior interesse o estudo desta figura, hábil na política e, especialmente, na diplomacia, cujo prestígio terá sido uma das causas da sua morte violenta.
Constantino de Sampaio:
Monge de Cister e prelado notável, que chegou a Arcebispo da Baía, no ano de 1675. Nascido em Trancoso, doutorou-se em Coimbra e, mercê das suas capacidades, foi nomeado geral da Ordem, em 1669. Quando se preparava para assumir as suas funções no Brasil, foi surpreendido pela morte, no Convento do Desterro, em 9 de Março de 1676.
Francisca da Conceição:
Freira e Madre do Convento de Santa Clara, existente em Trancoso, esta trancosense ilustre viveu nos séculos XVII e XVIII e morreu com cheiro de santidade, como é costume dizer-se. Deixou atrás de si uma aura tão grande que, em meados do século XVIII, se publica a obra "Vida e Milagres da Madre Francisca da Conceição", de autoria do Dr. Manuel Saraiva da Costa. A sua fama era tal, que o Marquês das Minas a visitaria em 1704, quando, com os seus exércitos, passou por Trancoso.
Simão Cardoso Pacheco:
Também este presbítero e mestre em História sagrada e profana, natural de Trancoso, viria a interessar-se pela figura da Madre Francisca da Conceição e sobre ela escreveria outra obra ainda mais famosa: "Vida e Milagres da Venerável Madre Francisca da Conceição, religiosa exemplaríssima no Mosteiro de Santa Clara da Vila de Trancoso".
Francisco Saraiva de Sousa:
Presbítero secular, natural de Trancoso, que viveu na primeira metade do século XVII e se licenciou em Cânones na Universidade de Coimbra. Deixou uma importante obra de doutrina cristã, que foi publicada várias vezes.
Fernando Mendes:
Judeu, nascido nesta Vila, provavelmente nos princípios de 1645 e falecido em Londres, em 1724. Frequentou a Universidade de Montpellier (em França), onde se doutorou e ocupou uma cátedra. Foi viver para a capital inglesa, tendo desempenhado as funções de médico da Côrte e, em especial, de D. Catarina de Bragança, casada com o Carlos II. Autor de várias obras, entre elas, "Studium Apollinari", foi, ainda, o preparador da celebrada "Água de Inglaterra", remédio popular contra o sezonismo, contando com a colaboração de outro médico português, judeu com ele, Jacob de Castro Sarmento, residente na mesma cidade. Tornou-se numa das drogas mais receitadas do seu tempo e objecto depois, de muitas falsificações.
Agostinho de Mendonça Falcão:
Natural de Souto Maior, freguesia do concelho de Trancoso, nasceu a 27 de Agosto de 1783 e faleceu em 24 de Janeiro de 1854. Filho do Morgado de Souro Pires, Sebastião de Mendonça Falcão, formou-se em Cânones e dedicou-se à genealogia. Deixou impressas as obras "Árvore Genealógica da Família Real Portuguesa", "Bibliografia Abreviada da História de Portugal" e "Memória Histórica sobre a Vila de Seia", além de numerosos manuscritos.