O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

241 | II Série A - Número: 105S1 | 5 de Julho de 2007

6º. Forte terciarização da economia e consequente redução da eficácia das políticas de localização das actividades económicas As tendências actuais apontam para a crescente terciarização das economias. Nos cenários macro-económicos tomados como referência, a indústria transformadora e a energia poderão vir a ser responsáveis por apenas cerca de um 1/6 do crescimento económico nacional. A localização dos serviços é mais tributária das dinâmicas urbanas e da dimensão e sofisticação dos mercados. Verifica-se, por isso, uma dificuldade de desenvolver políticas explicitamente orientadas para influenciar a sua localização.
O contributo do sector industrial para o crescimento do PIB deverá continuar, em qualquer dos cenários, a ser relevante em todas as unidades territoriais do Noroeste (à excepção do Grande Porto), no Baixo Vouga, Pinhal Litoral, Médio Tejo e Alentejo Litoral. Nas áreas onde o papel do desenvolvimento industrial é maior, este deve ser orientado para dinamizar a procura de serviços e o surgimento de um terciário qualificado.
Aglomeração, proximidade e interacção no tecido industrial podem ser os elementoschave para estas transformações.
Nas áreas do interior, é crucial assegurar um papel significativo para a indústria transformadora, na medida em que o desenvolvimento do terciário está dependente de impulsos externos de procura. Sem a ampliação da base industrial, o desenvolvimento do terciário continuará muito dependente de transferências externas e a assentar demasiado em serviços não mercantis.
Em qualquer dos casos, importa explorar o desenvolvimento dos serviços orientados para os mercados extra-regionais, seja pela via das actividades turísticas, seja pelo surgimento de serviços avançados, sobretudo de natureza empresarial, seja ainda pelas oportunidades de expansão de formas de tele-trabalho ou de serviços à distância baseados nas novas tecnologias de informação.
Na Região Autónoma dos Açores, a questão fundamental a resolver para assegurar a sustentabilidade produtiva coloca-se nos efeitos de crowding-out que o surto de desenvolvimento turístico tenderá a provocar noutras actividades, como acontece noutras regiões vocacionadas para a actividade turística. O futuro da economia açoriana terá também que passar pela modernização de actividades primárias em que avultam a agricultura, a produção animal e a pesca e as actividades associadas à transformação e distribuição dos seus produtos.
7º. Risco de ligeiro aumento das disparidades territoriais do PIB per capita A conjugação das dinâmicas previsíveis de crescimento económico e de evolução demográfica poderá induzir um ligeiro aumento das disparidades territoriais quando avaliadas pelo PIB per capita.
Contudo, se esse processo ocorrer num contexto de crescimento económico significativo e espacialmente integrador, reflectindo ganhos de competitividade global do País e do conjunto das suas regiões, não afectará o objectivo da coesão económica territorial.
A mobilização e a valorização dos recursos endógenos diferenciadores dos territórios, devidamente articuladas com a atracção de investimento extra-regional (nacional ou estrangeiro), constituirão factores determinantes da emergência de um território nacional mais equilibrado e competitivo.
Como se referiu acima, nos Açores, o crescimento económico regional apoiar-se-á no dinamismo do sector turístico, que emerge e se afirma no quadro da base económica regional, na produção e transformação do leite e, também, numa nova dinâmica das actividades de serviços e distribuição. Como a produção económica tende a concentrar-se