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8 | II Série A - Número: 113 | 12 de Junho de 2008

não poderia deixar de ser, quem proteja os pescadores. Nossa Senhora da Boa Viagem é a padroeira local, a quem homens e mulheres se entregam em orações pedindo bênção e protecção para as viagens no mar.
Sem dúvida que o maior impulso para o desenvolvimento de Marinha das Ondas se ficou a dever à instalação, em 1965, da indústria de celulose (Celbi), que, com a indústria de produção de papel (Soporcel, 1984), na vizinha freguesia de Lavos, vêm empregando, desde a sua instalação nesta região um número muito significativo de mão-de-obra local.
Para além da faina piscatória a que continua a dedicar-se a população costeira, a agricultura mantém-se recurso para pouco mais que a subsistência familiar.
Destaca-se, contudo, deste cenário a Quinta dos Cozinheiros, localizada no lugar de Matas. Com uma área de cerca de 100 hectares, mantém 12 hectares dedicados ao cultivo de diferentes castas de vinha. De entre elas predominam a Baga (ou Poeirinho) nos tintos, e a Maria Gomes (ou Fernão Pires) nos brancos. A sua adega, bem apetrechada para o tratamento enológico das uvas, associa tecnologia moderna à tradição, preservando-se os lagares tradicionais de pedra, a par com modernas cubas inox. A reconhecida qualidade dos vinhos da Quinta dos Cozinheiros coloca hoje o concelho na rota vinícola nacional.
A lenda da Senhora das Ondas: Conta-se que, por volta de 1600, um moleiro de nome Fernando, habitava um moinho de água junto ao ribeiro que vinha da Lagoa dos Linhos e ia desembocar no mar junto ao local onde mais tarde se fundou a povoação de pescadores da Leirosa. Este moleiro que periodicamente levava farinha aos distantes lugares de Coimbrão, teria encontrado numa das suas viagens a imagem de uma Santa. Mais tarde, um seu familiar terá construído uma ermida onde colocou a imagem, dando-lhe o nome de Senhora das Ondas.
Querendo o povo reforçar esta história, conta-se também que, entre 1725 e 1770, confrontando-se certo tripulante de navio com uma violenta tempestade e risco de naufrágio, prometeu erigir uma Capela a Nossa Senhora das Ondas se acaso a sua embarcação e tripulantes se salvassem. Assim acontecendo, foi cumprida a promessa e, desta forma, teria sido construída a capela, em 1744, em honra da Senhora Milagreira.
O primitivo templo seria, no entanto, incendiado pela onda de destruição deixada pelas invasões francesas.
A imagem da padroeira foi retirada das chamas e dada a guardar a uma família que, mais tarde, fixou residência em Cascais, tendo-se-lhe, contudo, perdido o paradeiro.
Quando finalmente foi encontrada, devolvida e restaurada a imagem da padroeira, retomou o seu lugar na capela.
No final da passada década de 50, havendo o intuito em se requerer a constituição de paróquia autónoma (1958), esta Capela foi provisoriamente elevada à categoria de Igreja. Entretanto, outro templo maior se projectava. A nova Igreja Paroquial nascia e seria inaugurada em Janeiro de 1961.

As tradições

Festa do Santo das Turras A Capela de S. Jorge toma o nome da simpática povoação que iniciou a formar-se no meio da charneca e dos pinhais por meados do séc. XIX. Pequena, de feição verdadeiramente popular, especialmente embelezada pelo seu alpendre na fachada principal, só abre uma vez por ano, no Domingo Gordo, para receber o pagamento das promessas feitas a S.
Jorge, aqui popular e carinhosamente chamado de «Santo das Turras». «Antigamente, viam-se carros de bois, carroças e animais dando várias voltas à capela, no cumprimento de promessas dos devotos. A venda do pé de porco atinge o auge da festa, seguido de música que inicia o bailarico. É uma festa não controlada pela igreja, de raiz eminentemente popular» (Manuel da Costa Cintrão). Uma tradição que conta já mais de um século de existência.

A caracterização geográfica e demográfica

A freguesia de Marinha das Ondas estende-se por uma área de cerca de 36 km², onde residem 3039 habitantes (segundo o Censos 2001), dos quais 2701 são eleitores activos.
A freguesia é composta pelas seguintes povoações: Cipreste, Matas, Gigante, São Jorge, Matos, Casal de Seiça, Cabeço da Pedra, Sampaio, Leirosa e Marinha das Ondas, sendo esta última a sede de freguesia.
Nestas povoações existe algum comércio e indústria, sendo de salientar a implantação das fábricas de celulose Celbi (na sua totalidade) e Portucel/Soporcel (parcialmente).
Actualmente a povoação de Marinha das Ondas conta com cerca de 1500 habitantes, dos quais 805 são eleitores activos.

Os equipamentos colectivos

Na povoação de Marinha das Ondas podemos encontrar diversos equipamentos colectivos, de entre os quais: