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9 | II Série A - Número: 090 | 28 de Março de 2009

Em 1169, aqui se deslocou o Rei Fundador para tratar-se de uma perna fracturada da Batalha de Badajós, acompanhado de seu filho Sancho e suas duas filhas.
D. Manuel I ali veio também em busca de lenitivo para os seus padecimentos herpéticos, tendo-lhe concedido novo e mais importante foral em 1515.
À época, já o local termal tinha o nome de Caldas de Lafões, sede do pequeno concelho do Banho.
Por fim, a última rainha de Portugal, D. Amélia de Orleães e Bragança, aqui veio também tratar-se de problemas da garganta, em 1894. E tão bem se sentiu que voltou em 1895, 1896 e 1898, No segundo ano da sua vinda, a Câmara de então deu o nome ao local de Termas da Rainha D. Amélia, atribuindo também o seu nome ao Balneário que ainda hoje se mantém.
Em 1987, foi inaugurado um segundo Balneário, o maior da Península, recentemente remodelado e ampliado, ao qual foi atribuído o nome de «Balneário D. Afonso Henriques», justa homenagem ao monarca que, no alvor da nacionalidade, concedeu tão grande honra ao lugar e às «águas milagrosas» que nele brotam.
Esta estância termal, a funcionar todo o ano, é procurada por cerca de um terço dos aquistas nacionais.
Também muitos turistas demandam este rincão em busca de descanso para o corpo e para o espírito.
O número de aquistas que ao longo do ano frequentam as Termas de S. Pedro do Sul e ali permanecem por períodos superiores a 15 dias, eleva-se a cerca de 25 000, ocorrendo que nos meses de Verão serão mais de 45 000 pessoas que por ali passam e a sua maioria ali permanece.
A qualificação ambiental e a qualidade dos tratamentos proporcionados pela água termal das Termas de S.
Pedro do Sul, têm projectado estas termas para uma inequívoca liderança do Termalismo da Península Ibérica desde os anos 80.
Esta realidade tem sido acompanhada por uma forte expansão urbana e de instalação de diferentes equipamentos capazes de responder à forte procura desta estância termal, constituindo mesmo nova morada para muitos dos frequentadores destas Termas.
De salientar que o crescimento e afirmação das Termas de S. Pedro do Sul ao longo de séculos, tem constituído um dos principais motores do crescimento da procura turística na região.

3. Vida cultural

Na vila de S. Pedro do Sul, nasceu o Poeta António Corrêa de Oliveira, em 1879.
Os seus poemas «repassados de tal suavidade e lirismo, só podem ter sido escritos por um poeta de craveira invulgar e, ao mesmo tempo acessível, vindo do povo, moldado no próprio sentir do povo» tal como o caracterizava Teixeira de Pascoais.
Em 1908, foi eleito sócio da Academia de Ciências, de cujo elogio se encarregou Henrique Lopes de Mendonça, outro grande poeta, autor da letra de «A Portuguesa» que viria a ser o nosso Hino Nacional, após a implantação da República. No ano seguinte, idêntica honra teve da Academia Brasileira de Letras, indo ocupar a cadeira vaga que fora de Emílio Zola.
Este Poeta tem nesta sua terra, desde 1955, um expressivo busto, erguido por subscrição pública dos seus conterrâneos.
Outras manifestações culturais têm proliferado neste concelho, como é exemplo das peças de teatro promovidas pelo Grupo de Teatro Popular «O Cénico», que tem alcançado significativos êxitos, bem como do Grupo de Cantares de Manhouce e a sua solista Isabel Silvestre, que tem levado aos sete cantos do mundo a beleza da musica tradicional portuguesa, nomeadamente a oriunda de S. Pedro do Sul.

3.1. Cineteatro

No princípio da segunda década do séc. XX, é construída no rio Vouga, junto à Vila, uma central hidroeléctrica.
Na sequência deste importante melhoramento para a época, três empresários locais tomam a iniciativa de construir uma sala de espectáculos. Assim, em 1926, é inaugurado uma casa de espectáculos de estilo clássico, com o nome de Cineteatro S. Pedro.