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10 | II Série A - Número: 113 | 7 de Julho de 2010

e da procura externa. Os indicadores disponíveis para o 2.º trimestre de 2010 sugerem a continuação da evolução favorável com as exportações a registarem um aumento médio de 39,5%, em termos homólogos nominais no conjunto dos meses de Abril e Maio (30,3% no 1.º trimestre). No Japão, o PIB recuperou para 4,2% em termos homólogos reais no 1.º trimestre de 2010, invertendo a quebra registada desde o 2.º trimestre de 2008, devido sobretudo ao forte crescimento das exportações.
1.1. Desenvolvimentos recentes da economia portuguesa O ano de 2009 foi marcado pela contracção da actividade económica na generalidade dos países avançados, para a qual concorreu a propagação da crise aos mercados financeiros internacionais e à economia real, a quebra do sector da construção no segmento imobiliário nos EUA e em algumas economias europeias (Reino Unido, Espanha e Irlanda) e a redução do preço das matérias-primas (petróleo e não energéticas), com impacto negativo principalmente nas economias emergentes. O aumento da incerteza, a degradação das perspectivas de crescimento e da procura global, a rápida deterioração do mercado de trabalho e a emergência de condições mais restritivas na concessão de crédito, em virtude da distribuição assimétrica da liquidez e do aumento dos prémios de risco incorporados nas taxas de juro dos empréstimos, constituíram factores que reforçaram o ambiente de enfraquecimento económico na generalidade dos países.
Portugal, sendo uma pequena economia aberta ao exterior, é sensível às repercussões directas e indirectas suscitadas por uma crise com estas características, e, após ter registado uma variação nula em 2008, a actividade económica apresentou, em 2009, uma quebra de 2,6% em termos reais, constituindo, não obstante, um resultado melhor do que o verificado quer na área do euro (-4%), quer nos seus principais parceiros comerciais.
Quadro 1.2. PIB e componentes da despesa (Taxas de variação homóloga, em %)

Fonte: INE.
Considerando as componentes da despesa, as variáveis que apresentaram uma quebra mais significativa foram as exportações e o investimento. Contudo, como as importações também registaram uma contracção assinalável, reagindo à diminuição da procura global, e dado o maior peso desta componente na balança de bens, o contributo da procura externa para a variação do produto foi positivo. Por outro 2010
I II III IV I II III IV I
Taxa de crescimento homólogo real (%)
PIB 1,4 2,4 0,0 -2,6 0,9 0,8 0,2 -2,1 -3,9 -3,1 -2,3 -1,0 1,8
Procura Interna 0,8 2,0 1,1 -3,0 2,1 1,7 1,4 -0,7 -3,6 -3,9 -2,5 -2,0 1,3
Consumo Privado 1,8 2,5 1,8 -1,0 2,5 1,7 2,2 0,8 -1,6 -1,3 -1,2 0,2 2,7
Consumo Público -0,7 0,5 0,6 3,0 0,4 0,1 0,3 1,5 3,5 2,5 3,6 2,4 1,5
Investimento (FBCF) -1,3 2,6 -1,8 -11,9 1,1 1,2 -1,4 -8,1 -14,0 -12,8 -8,7 -11,9 -2,3
Exportações 11,6 7,6 -0,3 -11,8 4,8 2,6 0,8 -9,1 -19,0 -15,5 -9,8 -2,0 8,5
Importações 7,2 5,5 2,8 -10,8 7,4 4,4 3,8 -4,0 -15,1 -14,8 -8,7 -4,3 5,2
Contributos para o crescimento do PIB (pontos percentuais)
Procura Interna 0,9 2,2 1,2 -3,3 2,3 1,8 1,6 -0,8 -3,9 -4,2 -2,8 -2,2 1,4
Exportações Líquidas 0,6 0,2 -1,2 0,7 -1,4 -1,0 -1,3 -1,3 0,0 1,1 0,5 1,1 0,5
p.m. : Taxa de variação em cadeia do PIB (%) 1,4 2,4 0,0 -2,6 0,1 -0,1 -0,7 -1,4 -1,8 0,7 0,2 -0,1 1,1
2009
2006 2007 2008 2009
2008