O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Restrições associadas ao balanço dos bancos, tendo em vista a sua solvabilidade, e a perceção de um maior risco, nomeadamente na vertente empresarial, têm determinado condições de crédito mais restriti-vas, contribuindo para a subida das taxas de juro bancárias entre meados de 2010 e final de 2011. Em 2012 assistiu-se, porém, a uma diminuição das taxas de juro das operações do crédito tanto para as empresas como para os particulares (mais pronunciada para o crédito à habitação), influenciada, em parte, pela descida das taxas Euribor. Este resultado é uma consequência do fato de a generalidade das taxas de juro dos empréstimos concedidos para habitação serem indexadas à Euribor, pelo que o com-portamento destas, que têm atingido níveis historicamente baixos, se reflete diretamente na variação das taxas dos créditos. Em sentido contrário, tem-se registado um aumento das taxas de juro aos novos empréstimos, principalmente por efeito de um aumento do spread aplicado. No entanto, dado que os novos créditos têm apresentado quebras consecutivas nos montantes concedidos, o primeiro efeito preva-lece.

Quadro I.1.11. Taxas de juro (valores médios, fim de período, em %)

Fonte: Banco de Portugal.

O diferencial entre as taxas de juro do crédito às empresas e a Euribor a 6 meses tem vindo a apresentar uma tendência crescente nos últimos dois anos, o que se tem refletido em condições de financiamento menos favoráveis para este sector.

Gráfico I.1.9. Taxas de juro de empréstimos (valores médios, fim de período, em %)

Gráfico I.1.10. Diferencial entre taxas de juro de empréstimos às empresas não financeiras

e Euribor a 6 meses (em pontos percentuais, p.p.)

Fonte: Banco de Portugal.

Apesar dos desenvolvimentos adversos observados desde finais de 2008 e das maiores exigências de capital próprio dos bancos, estes estão hoje em melhores condições para financiar a economia. As medi-das tomadas pelas autoridades monetárias, nomeadamente pelo BCE, permitiram melhorar a posição de liquidez. Para além disso, os bancos reduziram significativamente o grau de alavancagem e procederam a aumentos dos seus níveis de capital. De facto, os níveis de capitalização do sistema bancário melhoraram substancialmente em 2011, prosseguindo a tendência evidenciada desde 2008. No final de 2011, o rácio CoreTier 1 do sistema bancário situou-se em 9,6% (ultrapassando o limite mínimo de 9% fixado no PAEF), representando uma melhoria de 1,5 p.p. e de 1,7 p.p. face a 2010 e 2009, respetivamente.

Dez-11 Jan-12 Fev-12 Mar-12 Abr-12 Mai-12 Jun-12 Jul-12

Empréstimos, dos quais:

a sociedades não financeiras 5,12 5,14 5,08 5,04 4,97 4,92 4,86 4,81

a particulares 3,86 3,83 3,76 3,66 3,54 3,43 3,33 3,23

para habitação 2,73 2,71 2,63 2,53 2,39 2,27 2,16 2,06

para consumo e outros fins 8,68 8,66 8,67 8,58 8,59 8,55 8,51 8,44

Depósitos e equiparados até 2 anos para sociedades não financeiras 4,13 3,83 3,64 3,35 2,90 2,89 2,79 2,84

7,0

7,4

7,8

8,2

8,6

9,0

9,4

1,5

2,5

3,5

4,5

5,5

6,5

7,5

Jul-0

8

No

v-08

Mar

-09

Jul-0

9

No

v-09

Mar

-10

Jul-1

0

No

v-10

Mar

-11

Jul-1

1

No

v-11

Mar

-12

Jul-1

2

HabitaçãoEmpresasConsumo e outros fins (escala da direita)

4,03

0,80

1,30

1,80

2,30

2,80

3,30

3,80

4,30

Jul-0

8

Nov

-08

Mar

-09

Jul-0

9

Nov

-09

Mar

-10

Jul-1

0

Nov

-10

Mar

-11

Jul-1

1

Nov

-11

Mar

-12

Jul-1

2

15 DE OUTUBRO DE 2012______________________________________________________________________________________________________________

19