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61 | II Série A - Número: 102 | 24 de Abril de 2014

nomeadamente o Mercado da Ribeira, em Lisboa. Como curiosidade, o bilhete de tarifa reduzida pago para transporte de animais era conhecido como bilhete de cão. Estes e outros aspetos dos primeiros transportes rodoviários desta região são recordados por João Luís Covita, na sua obra História da Camionagem no Concelho de Almada. A instalação da Siderurgia Nacional, que iniciou a laboração em 1961, teve, tanto nesta freguesia como em todo o concelho do Seixal, enormes repercussões nos planos socioeconómico, demográfico e ambiental, fazendo pulsar um novo quotidiano para a Aldeia de Paio Pires e para a comunidade siderúrgica que se constituiu à sua volta. O início da construção da então chamada cidade do aço trouxe consigo milhares de trabalhadores de todo o país e as consequentes mudanças na vida quotidiana dos residentes. Para além disso, tornou evidente a falta de recursos e infraestruturas capazes de dar resposta às novas necessidades nos sectores da habitação, do ensino, da assistência médica e do policiamento. Contribuiu ainda decididamente para a dinamização e desenvolvimento de muitas empresas do distrito de Setúbal.
Mas, como resultado das más decisões políticas dos governos que optaram pela desindustrialização do país, tornando Portugal um país mais dependente, a partir de meados dos anos 80, a Siderurgia Nacional entrou numa fase de dificuldades que levou ao seu desmembramento e privatização das unidades produtivas mais rentáveis.
Apesar da destruição da produção nacional que vitimou também a Siderurgia Nacional, é na freguesia da Aldeia de Paio Pires que se encontra um dos maiores polos industriais da Área Metropolitana de Lisboa e com grande potencial para o desenvolvimento da região e do país, assim haja vontade política para dar seguimento ao projeto do Arco Ribeirinho Sul, iniciativa das autarquias de Almada, Barreiro e Seixal e que tem na Aldeia de Paio Pires a sua maior área de intervenção com mais de 500 hectares, na sua maior parte propriedade do estado português.
Em 25 de Abril de 1974, poucos eram os equipamentos e serviços existentes e até a igreja que esteve na origem da freguesia estava em avançado estado de degradação.
O Poder Local Democrático, em conjunto com as gentes da Aldeia de Paio Pires, construiu e criou um conjunto de equipamentos coletivos e serviços públicos à população.
A Freguesia da Aldeia de Paio Pires tem vindo a registar um assinalável acréscimo demográfico da sua população contando neste momento com cerca de 13.400 habitantes e, a exemplo do município, é uma freguesia rejuvenescida e que apresenta uma grande capacidade para regenerar a sua população.
Ao nível da atividade económica, e pesem embora as políticas desastrosas de sucessivos governos que levaram ao encerramento de inúmeras empresas e à perda de milhares de postos de trabalho, o Poder Local Democrático teve como prioridade a defesa e manutenção de uma forte componente industrial e que na Aldeia de Paio Pires engloba a área da antiga Siderurgia Nacional, onde já se encontram instalados dois parques de atividades económicas (PIS 1 e PIS 2), licenciado um terceiro parque (PIS 3) e ainda outras ocupações industriais que se estendem desde o Casal do Marco até ao Zemoto (Coina), que em conjunto com a reconversão da área da antiga Siderurgia Nacional (Siderparque), no âmbito do Projeto do Arco Ribeirinho Sul, colocam esta freguesia num patamar fundamental para o desenvolvimento do Concelho, da Região e do País.
As freguesias do Município do Seixal destacam-se também pela dinâmica seu movimento associativo com uma importante atividade cultural, social e desportiva, fundamentais para a qualidade de vida da nossa população. A freguesia da Aldeia de Paio Pires não é exceção e na área cultural destacam-se algumas instituições como a Sociedade Musical 5 de Outubro, o Rancho Folclórico Estrelinhas do Sul ou o Clube Desportivo e Cultural do Casal do Marco que em conjunto com o poder local promovem diversas atividades ao longo do ano como são exemplo as Noites do Fado do São Vicente, as Festas Populares da Aldeia de Paio Pires ou os Festivais de Folclore de Aldeia de Paio Pires e Casal do Marco.
Na área social as Associações de Reformados de Aldeia de Paio Pires e Casal do Marco, a Santa Casa da Misericórdia e a Cooperativa Pelo Sonho É Que Vamos e diversos parceiros da Comissão Social de Freguesia que, em conjunto, ajudam a ultrapassar as graves dificuldades sociais que as políticas do Poder Central têm acentuado, constituem um exemplo deste trabalho conjunto sendo de destacar a abertura, em breve, da Creche Sonho Azul, uma obra possível graças ao empenho das Juntas de Freguesia, Camara Municipal do Seixal e Cooperativa Pelo Sonho É Que Vamos. A Junta de Freguesia da Aldeia de Paio Pires integra a rede social municipal onde neste momento participam cerca de 200 entidades e instituições e que se desmultiplicam pelas freguesias de origem constituindo as Comissões Sociais de Freguesia onde se identificam os problemas existentes, se procuram e dão respostas céleres às questões identificadas.