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83 | II Série A - Número: 015 | 10 de Outubro de 2014

Portugal   tem   sido   internacionalmente   como   um   país   que   acolhe   bem   a  
população   imigrante.   De   acordo   com   o   Índice   de   Políticas   de   Integração   de  
Migrantes   (MIPEX   III,   2011)   -­‐   estudo   comparativo   que   avalia   as   políticas   e  
medidas  relativas  à  integração  de  imigrantes  em  31  países  da  Europa  e  da  América  
do  Norte  -­‐  Portugal  progrediu  desde  a  primeira  edição  do  MIPEX,  em  2005,  no  
qual  entre  15  países  analisados  ficou  em  4º  lugar.  Em  2007,  Portugal  estreia-­‐se  em  
2º  lugar,  entre  28  países  e,  em  2011,  em  2º  lugar  em  concorrência  direta  com  31  
países.   Esta   posição   tem   vindo   a   ser   distinguida   ao   nível   das   políticas   de  
integração   de   imigrantes,   na   vertente   da   reunificação   familiar   e   do   acesso   à  
nacionalidade   e   na   vertente   da   integração   dos   imigrantes   no   mercado   de  
trabalho.    
Esta  integração  de  facto  contribuirá  para  a  construção  de  políticas  públicas  
ao  serviço  das  famílias  e  do  incentivo  à  natalidade.  Tal  pode  inferir-­‐se  da  leitura  
dos   resultados   do   Inquérito   à   Fecundidade   (INE,   2014,   47),   onde   se   lê:   “A  
segmentação  de  homens  e  mulheres  a  partir  da  sua  naturalidade  (portuguesa  ou  
estrangeira)  permite  concluir  que  tanto  homens  como  mulheres  nascidos  fora  de  
Portugal  esperam  e  desejam  um  maior  número  de  filhos  do  que  as  pessoas  nascidas  
em  Portugal.  É  ainda  evidente  que  são  os  homens  nascidos  no  estrangeiro  aqueles  
que  desejam  ter  mais  filhos,  um  valor,  em  média,  acima  dos  2,5  filhos.”  
No   que   se   refere   às   migrações,   estão   em   curso   projetos   sociais   e  
empresariais  e  medidas  governamentais  tendentes  a  incentivar  seja  a  captação  de  
estudantes  internacionais,  que  possam  vir  ocupar  lugares  disponíveis  no  ensino  
superior  português,  com  vantagens  económicas  e  sociais,  seja  o  envolvimento  de  
técnicos   portugueses   agora   espalhados   pelo   mundo,   que   podem   rentabilizar  
redes  de  cooperação  e  negócios  e,  eventualmente,  regressarem,  no  momento  em  
que  seja  viável,  em  cada  caso,  uma  adequada  inserção  socioprofissional  no  seu  
país.   A   evolução   do   crescimento   e   do   emprego,   por   um   lado,   e   as   dinâmicas  
futuras  da  economia  internacional,  por  outro,  serão  determinantes  para  gerar  o  
movimento  de  retenção,  para  estancar  a  saída  dos  mais  qualificados  e  para  fazer  
regressar   e   conectar   os   que   se   espalharam   pelo   mundo,     transformando   uma  
fraqueza  em  força.