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34 | II Série A - Número: 016S2 | 15 de Outubro de 2014

reflexo da reafetação de recursos da estrutura produtiva dos sectores de bens não transacionáveis para os sectores de bens transacionáveis.
O consumo público, por sua vez, deverá diminuir em 0,5% no próximo ano, como resultado da continuação do processo de ajustamento da despesa pública, a par com as alterações de política salarial com impacto positivo no deflator.
A inflação deverá atingir os 0,7% em 2015, num contexto de ausência de tensões – quer inflacionistas, quer deflacionistas – nos mercados internacionais de commodities. Esta subida da inflação de cerca de 0,7 p.p. face a 2014 traduzirá uma maior pressão ascendente sobre os preços resultante da melhoria da procura interna, bem como o efeito da desvalorização da taxa de câmbio do euro face ao dólar, dada a crescente divergência na condução da política monetária4. O diferencial face à evolução dos preços no conjunto da área do euro deverá manter-se, face à necessidade de ajustamento dos preços relativos.

I.3.3. Previsões Macroeconómicas e Orçamentais de Entidades Internacionais O cenário macroeconómico subjacente ao presente orçamento, assim como as variáveis orçamentais, refletem a informação mais recente relativa ao desenvolvimento da atividade económica a nível nacional e internacional e, ainda, as medidas constantes da Proposta de Orçamento do Estado para 2015 e é consistente com a informação de contas nacionais divulgada de acordo com a nova metodologia SEC 2010. Adicionalmente, é de salientar a diferença temporal que existe entre as presentes projeções e as da OCDE e CE.
As mais recentes previsões das instituições internacionais para o crescimento do PIB estão em linha com as previsões do Ministério das Finanças. Contudo, os contributos para a variação do PIB diferem entre as diferentes entidades. Assim, para 2015, as previsões nacionais apresentam um contributivo mais positivo do consumo privado e menos negativo do consumo público, enquanto a CE e a OCDE preveem que a procura externa tenha um maior impacto no crescimento.
Relativamente ao valor esperado para a inflação, as projeções portugueses para 2015 situamse no ponto médio do intervalo das previsões (1,1% no caso da CE e FMI e 0,4% no caso da OCDE).
No que diz respeito ao mercado de trabalho, as previsões do Ministério das Finanças agora apresentadas são as mais otimistas, apesar de não divergir muito da mais atual das três instituições (FMI). 4 Também é expectável que a subida do salário mínimo se traduza numa transmissão dos custos laborais para os preços do consumidor.