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28 DE MAIO DE 2016 113

Pirâmides etárias, Portugal e UE 28, 2013:

Perante este cenário é fundamental atualizar e inovar as políticas de família e dar especial enfoque ao

envelhecimento ativo.

O CDS agendou pois um conjunto de iniciativas centradas no envelhecimento ativo e na proteção dos mais

idosos.

Em relação ao envelhecimento ativo urge dar-lhe a relevância que ele merece, ou seja, considerando os mais

idosos como um dos eixos principais da sociedade.

As políticas de envelhecimento ativo devem pois apontar o caminho da criação de oportunidades para todos

aqueles que querem e podem continuar a ter uma vida ativa em seu benefício e no da própria sociedade.

Defendemos que as novas gerações possam valorizar as gerações mais sabedoras e experientes e com elas

aprender, permitindo a estas, por seu turno, partilhar conhecimento e disponibilidade e receber o entusiasmo e

a força que normalmente caracteriza as gerações mais jovens.

Uma sociedade mais equilibrada passa necessariamente por estabelecer pontes entre as gerações.

Por outro lado, importa garantir da existência de mecanismos efetivos de proteção que salvaguardem e

atendam às particularidades, riscos e fragilidades dos mais idosos.

Muitos destes idosos são pessoa que, devido à sua especial suscetibilidade, necessitam de uma proteção

especial e reforçada, quer seja em termos sociais, económicos, de saúde ou de justiça.

Estes caminhos fazem-se através de políticas integradas de longo prazo que passam por diversas áreas, tais

como saúde, formação, voluntariado, justiça e emprego, onde todos os agentes, querem sejam legislativos ou

executivos, devem estar envolvidos.

Um dos mecanismos de apoio que os idosos dispunham até á pouco tempo era a Linha Saúde 24 Sénior.

A Linha Saúde 24 Sénior foi criada em 25 de Abril de 2014, com o objetivo de ser um serviço dedicado

especificamente a idosos com 70 ou mais anos.

Propunha-se fazer uma “avaliação biopsicossocial” dos idosos, olhando para não só para a situação clínica,

mas também autonomia física, a forma como se alimentavam, e do seu estado social e cognitivo, entre outras

dimensões.

Pretendia igualmente detetar e prevenir os problemas relacionados com o isolamento dos mais velhos, ajudá-

los a marcar consultas ou a renovar a medicação, por exemplo.

Em Dezembro de 2015, a Direcção-Geral de Saúde decidiu suspender o serviço. “Era necessário fazer

opções e decidiu-se concentrar a resposta nesta época de gripe. O algoritmo estava a ocupar do ponto de vista

tecnológico o sistema que tem limites. Preferimos dar melhor resposta ao atendimento em tempo real que é a

base. Mas suspender não significa eliminar. Tivemos que nos adaptar às necessidades reais”, justificava um

membro da DGS, que garantia que a linha sénior seria retomada “logo que possível”.