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RELATÓRIO OE2018

Economia Portuguesa: Evolução Recente e Perspetivas para 2018

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comportamento deveu-se, sobretudo, a uma aceleração das importações de mercadorias,

nomeadamente das economias emergentes, as quais recuperaram para 7,3% em termos homólogos

(0,5% em 2016), com destaque para um crescimento robusto das importações de 10,7% para os países

asiáticos (2,4% em 2016), ambos com o valor mais elevado desde 2011. As exportações mundiais de

mercadorias também se intensificaram, embora de forma mais gradual.

Na primeira metade de 2017 assistiu-se, de facto, a um maior dinamismo da economia da área do euro,

tendo o PIB registado, em média, um crescimento real de 2,1% em termos homólogos (1,8% em 2016), o

mais forte desde o segundo semestre de 2011. Este resultado está associado a uma aceleração das

exportações, de 3,2% em 2016 para 4,5% este ano, refletindo uma procura externa sólida proveniente da

retoma da economia mundial. Já relativamente ao investimento, este permaneceu mais moderado,

apesar das condições de financiamento se terem mantido favoráveis e da continuação da orientação

muito acomodatícia da política monetária do BCE. Por sua vez, o consumo privado manteve um

crescimento moderado, beneficiando da melhoria das condições no mercado de trabalho e dos

progressos alcançados em termos de redução do endividamento das famílias. O emprego aumentou

1,6% no primeiro semestre de 2017 em termos homólogos (1,4% no ano de 2016) e a taxa de

desemprego na área do euro desceu, situando-se em 9,1% em agosto de 2017, a mais baixa desde

março de 2009 (10%, em média, em 2016).

Os EUA também registaram um crescimento mais intenso no primeiro semestre de 2017 (2,1%). Este

desenvolvimento deveu-se sobretudo à melhoria do investimento privado (nomeadamente do segmento

não residencial) e à recuperação das exportações, as quais aumentaram 3,2% em termos homólogos

(-0,3% em 2016), resultando do maior dinamismo da economia mundial. O crescimento do consumo

privado permaneceu forte (2,8% no primeiro semestre de 2017) em linha com a continuação da melhoria

do mercado do trabalho refletida na descida da taxa de desemprego para 4,4%, em média, até setembro

de 2017 (4,9% em 2016).

A atividade económica do Japão também melhorou, tendo o PIB aumentado 1,5% em termos homólogos

reais no primeiro semestre (1% em 2016) apoiado pela generalidade das componentes da procura

interna, com destaque para um forte crescimento do investimento público e privado não residencial,

aliado a um crescimento robusto das exportações, especialmente para o mercado asiático.

Perspetivas para 2018

A aceleração do crescimento da economia mundial prevista para 2018 reflete uma melhoria das

economias emergentes, sendo que o ritmo de crescimento das economias avançadas deverá desacelerar

ligeiramente. Perspetiva-se que as economias emergentes e em desenvolvimento continuem a ser o

motor do crescimento da economia mundial, destacando-se o conjunto dos países asiáticos em

desenvolvimento, nomeadamente importadores de matérias primas, cujo crescimento previsto é de 6,5%

(igual a 2017). Desta forma, prevê-se que a Índia tenha um crescimento mais robusto enquanto a China

continue a abrandar, prosseguindo um esforço de ajustamento e de correção dos desequilíbrios internos

e externos da sua economia. Já relativamente aos países exportadores de matérias primas, como a

Rússia e o Brasil, a retoma económica será mais moderada pelo facto dos preços das matérias primas,

embora em recuperação, continuarem a apresentar níveis relativamente baixos; e, também, no caso do

Brasil, devido à persistência da instabilidade política.

Nas economias avançadas, prevê-se a manutenção de um crescimento moderado dos EUA, um

abrandamento do Japão e uma ligeira desaceleração da economia europeia, resultando sobretudo de um

crescimento menos forte do Reino Unido.

13 DE OUTUBRO DE 2017________________________________________________________________________________________________________________

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