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38 | II Série B - Número: 092 | 26 de Março de 2009

posição defensiva, poder resguardar o seu parque de madeiras.
Na sequência destas comunicações, os bombeiros deslocaram-se ao local do incêndio, tendo sido surpreendidos com o impedimento da sua entrada, por parte dos responsáveis do CITRI, o que é uma situação de todo incompreensível.
Accionados os contactos e os mecanismos devidos, os bombeiros entraram nas instalações do aterro de resíduos industriais banais e depararam-se com um corpo interno do CITRI a combater as chamas sem qualquer equipamento próprio, inalando os fumos que daí decorriam, e, na sua acção de combate adequado ao incêndio, os bombeiros acabaram por detectar um conjunto de resíduos hospitalares, quer pertencentes ao Grupo III quer pertencentes ao Grupo IV. Neste tipo de indústrias não é possível aceitar que a troco de maior quantidade de resíduos a entrar em aterro, onde é cobrada uma quantia de 50 euros/tonelada, se aceitem todo o tipo de resíduos, mesmo os que não são adequados a ser ali depositados se as questões economicistas prevalecem sobre a segurança ambiental, estas indústrias não cumprem os seus objectivos.
Ora, toda esta situação nos remete para uma desconfiança legítima sobre a razão pela qual os responsáveis do CITRI não queriam os bombeiros no interior do aterro, onde deflagrava um incêndio, tendo num primeiro momento barrado a sua entrada.
Para além disso, questionamo-nos sobre como é possível estarem resíduos hospitalares do Grupo IV num aterro para resíduos industriais banais, quando aqueles são resíduos perigosos obrigatoriamente sujeitos a incineração e de como é possível encontrar resíduos do Grupo III inteiros, quando estes são sujeitos a autoclavagem, triturados e compactados? Em Outubro do mesmo ano deflagrou um outro incêndio no CITRI, que pode ter resultado da concentração de metano, decorrente da presença no aterro de matéria orgânica, desta vez a um sábado, verificando-se que o porteiro estava sozinho nas instalações, não havendo meios de detecção e de primeiro combate disponíveis para fazer face a esta situação. O certo é que estamos a falar de uma indústria de risco, que tem outras indústrias à volta, designadamente a PORTUCEL com matéria inflamável, que não se compadece com mecanismos tão precários de segurança.