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78 | II Série B - Número: 139 | 18 de Junho de 2009

A fundamentação que suporta a solução pela margem esquerda encara a Rede de Alta Velocidade como uma mera acessibilidade ao NAL, contrariando a principal vocação da AVF que consiste na aproximação de áreas urbanas de média e elevada dimensão. Por outro lado, o Eixo Lisboa-Porto, em concreto, tem objectivos de coesão e reforço da competitividade da fachada Atlântica, onde reside mais de 70% da população nacional. Ora, a solução pela margem esquerda prejudica as ligações entre Lisboa e o resto da fachada Atlântica, comprometendo por isso esse objectivo estratégico para o País.
Em termos operacionais a solução pela margem esquerda do Tejo possui, necessariamente, maiores constrangimentos de capacidade, por concentrar num troço comum todos os serviços dos eixos Lisboa-Porto, Lisboa-Madrid, LisboaFaro-Huelva, serviço Shuttle ao NAL e marchas em vazio para o parque de materiais a instalar entre os concelhos do Barreiro e Moita, o que impõe desnecessárias limitações de expansão dos serviços e acaba por ser castrador da ampliação do sucesso do projecto, Do ponto de vista financeiro, os estudos revelaram que em termos globais, contabilizando os custos de investimentos, manutenção e exploração, a solução pela margem esquerda representaria um agravamento do custo em cerca de 12 milhões de euros em 30 anos.
Acresce que, em virtude da diferença de tempo de percurso (+43% entre Lisboa e Leiria, +25% entre Lisboa e Coimbra e +18% entre Lisboa e Porto), os estudos realizados apontam para que a opção pela margem direita permite obter mais cerca 336 milhões de euros de receitas, considerando o valor actual líquido para um período de 30 anos.
Em conclusão, a opção pela margem direita, tomada com base em estudos detalhados comparativos, permite: > Menos 40 km de viagem entre Lisboa e o Porto; > Ganhos relevantes em tempos de percurso; > Beneficiar 95% dos passageiros do eixo Lisboa-Porto; > Um custo global inferior em cerca de 12 milhões de euros; > Um acréscimo de receitas de cerca 336 milhões de euros, para um período de 30 anos.
7. Conforme já vincado, a concepção da rede ferroviária de alta velocidade tem-se pautado pelo constante esforço de articulação com a rede ferroviária convencional.
Esse desiderato tem como consequência a necessidade de uma cuidadosa concepção das redes e das estações, que contemple não só a temática dos transportes mas atenda às vertentes urbanísticas e à problemática da implementação no terreno de obras de enorme complexidade em articulação com uma rede de transportes em operação.