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Muito embora todo o trabalho desenvolvido em prol da criação, divulgação, internacionalização e
formação de novos públicos, O Teatro d’O Semeador, que tinha um apoio bienal da DireçãoGeral das Artes no valor de 92.010,00 , vê-se agora com o apoio reduzido em 38%. Também a
autarquia de Portalegre está com os valores contratualizados em dívida: até agora apenas
metade do contrato de 2011 foi pago e o Teatro d’O Semeador ainda nada sabe no que
concerne àquele que será o apoio em 2012.
Decorrente de toda esta política de austeridade e asfixia ao setor cultural, O Teatro d’O
Semeador tem neste momento 70% das pessoas em trabalho voluntário tornando-se esta uma
das faces mais visíveis do atual ataque à profissionalização artística; o Festival de Teatro
Internacional de Portalegre fica em risco estando neste momento a depender de permutas; e a
programação do serviço educativo fica comprometido ao estarem obrigados a cobrar 2 por
criança, valor a que nem escolas, nem encarregados de educação, conseguem fazer face, o que
significa que muitas crianças deste distrito vão ficar sem acesso ao teatro.
Importa também referir que O Teatro d’O Semeador tem um programa de formação com que
esperava poder candidatar-se ao fundo do POPH, mas com a reprogramação do QREN, ainda
nada se sabe.
Nas Grandes Opções do Plano para 2012-2015 é afirmado, no ponto “5.11.5 - Uma educação
para a cultura e para as artes” -, o seguinte: “A Cultura é património de cada um de nós e
devemos ser formados, enquanto público não especialista, para a importância de
compreendermos e apreciarmos as várias formas e conteúdos produzidos. Reforçar a ligação à
escola, aprofundando e desenvolvendo as bases já existentes, garantindo uma educação
artística generalizada através da frequência periódica de museus e monumentos, teatros e
outras estruturas de criação, de modo a relacionar-se com os programas escolares. Só há uma
forma de criar novos públicos para a cultura e para os mercados da cultura: criando hábitos
culturais a partir da idade escolar”.
O Bloco de Esquerda considera que, seja no aspeto pedagógico ou artístico, assistido ou
encenado, o teatro auxilia a criança no seu crescimento cultural e na sua formação enquanto
indivíduo. Assim, sendo a escola um espaço de conhecimento e aprendizagem, as artes
assumem-se como fundamentais para o desenvolvimento percetivo da criança. No caso
específico do teatro, sabemos hoje que ele contribui para o desenvolvimento da expressão e
comunicação e favorece a produção coletiva de conhecimento da cultura, seja ele no valor
estético ou educativo. Trabalhar o teatro nas escolas é portanto formar indivíduos mais atentos,
exigentes e críticos. Tudo isto está escrito no parágrafo que “As Grandes Opções do Plano” nos
apresentam. Tudo isto é sabido e estudado. Tudo isto foi prometido. E tudo isto não foi
cumprido.
14 DE MAIO DE 2012
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