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Na realidade, os responsáveis pelas escolas e agrupamentos com quem conversamos são
unânimes ao afirmar que os pais e representantes de associações de pais se questionam de
forma crescente sobre se deverão ou não renovar as matrículas dos respetivos educandos.
De facto, não havendo plena certeza de que no próximo ano letivo, ou nos imediatos, as escolas
onde estão os filhos continuarão abertas, procuram de forma prevenida e atempada preparar o
futuro escolar dos educandos e tendem a começar a procurar alternativas.
Os efeitos que esta incerteza quanto ao futuro da respetiva escola está a ter na diminuição da
procura escolar às “escolas que poderão fechar” é totalmente perversa e não está a ser
atalhada pelos responsáveis e representantes do Governo que há muito deveriam ter
confirmado ou desmentido a intenção de encerramento destas ou de outras escolas.
Não queremos acreditar mas, na verdade, até parece que o silêncio é intencional.
O mesmo se pode dizer quanto a professores e funcionários. Perante a possibilidade de
encerramento das respetivas escolas, há bastantes professores e funcionários que se têm
movimentado para obter colocação noutras escolas que lhes garantam um futuro um pouco
menos dramático quanto à possibilidade de poderem vir a ser convidados para uma rescisão
amigável (eufemismo governamental para um ato de despedimento), ou serem colocados em
regime de mobilidade que ao fim de 12 meses os deixará sem salário e – ao que parece - com
subsídio de desemprego…
É absolutamente imperioso que sem mais demoras o Governo clarifique a situação. Que se
deixe de indefinições que só servem para aumentar a limites quase inimagináveis a instabilidade
nas escolas.
Por isso, e ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais em vigor, solicita-se ao
Governo que, por intermédio do Ministério da Educação e Ciência, responda às seguintes
questões e perguntas:
Confirma o Governo se tem ou não qualquer intenção do Governo de proceder ao
encerramento da Escola EB2,3 de Maria Lamas, no curto ou no médio prazo?
1.
Face á profusão de rumores e boatos que pretendem criar a ideia de que a EB2,3 de Maria
Lamas “vai encerrar”, porque é que nem o Ministério da Educação e Ciência nem os seus
representantes regionais cuidaram de desmentir ou confirmar tais notícias, permitindo que se
tenha instalado e reforçado um clima de preocupação e de instabilidade na respetiva
comunidade escolar?
2.
Confirma-se que os vastos terrenos (algumas dezenas de milhar de metros quadrados) onde
esta escola está localizada não são propriedade do Estado (Ministério da Educação), e que
estão cedidos pela Misericórdia do Porto? Em caso afirmativo, foi de alguma forma expressa
a vontade desta Instituição em retomar a posse daqueles terrenos?
3.
Tem o Governo a noção que o eventual encerramento da EB2,3 de Maria Lamas pode
prejudicar de forma grave e dramática a frequência escolar das crianças da zona da cidade
onde ela está inserida, com vários bairros sociais, entre os quais o de Francos, e o de
Ramalde do Meio? Tem o Governo a noção que a eventual deslocação dos alunos do
segundo e terceiro ciclo da Maria Lamas para a sede do Agrupamento pode provocar
consequências nefastas no abandono escolar e vai criar problemas graves na segurança de
circulação pedonal das crianças?
4.
II SÉRIE-B — NÚMERO 173
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