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II SÉRIE-B — NÚMERO 54

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VOTO N.º 845/XIII/4.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ISAURA ASSUNÇÃO SILVA BORGES COELHO

Isaura Assunção da Silva (Borges Coelho) nasceu em Portimão, a 20 de junho de 1926, e faleceu no

passado dia 11, aos 93 anos de idade.

Isaura Borges Coelho foi uma lutadora pelos direitos das mulheres e, de forma muito particular, dos direitos

das enfermeiras, designadamente por melhores condições de trabalho nos hospitais, contra os horários de 12

horas, os escassos dias de folgas, as velas contínuas e as péssimas condições de alimentação e

habitabilidade das enfermeiras nas instituições.

Isaura Borges Coelho teve um papel determinante na luta contra a proibição do casamento das

enfermeiras, tendo-se destacado na luta em defesa das 12 enfermeiras despedidas por desafiar a proibição de

casar imposta a este grupo profissional pelo regime fascista.

Isaura Borges Coelho foi uma destacada ativista do MUD Juvenil, reconhecida como dirigente da luta das

enfermeiras, tendo sido presa em 1953 pela PIDE é brutalmente espancada, sujeita a um longo período de

isolamento. Condenada pelo tribunal plenário, só veio a ser libertada em 1957, na sequência de um

movimento nacional e internacional pela sua libertação.

Após a sua libertação, aderiu ao PCP, e em 1962 casou, no Forte de Peniche, com o historiador António

Borges Coelho que aí se encontrava preso.

Após o 25 de Abril participou na construção do Portugal Democrático, integrou o setor da saúde da

Organização Regional de Lisboa do PCP e foi delegada sindical do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses na

Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, até à aposentação. Em 2002 foi agraciada com a Ordem da

Liberdade pelo Presidente Jorge Sampaio.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu pesar pelo falecimento de Isaura

Assunção Silva Borges Coelho e endereça ao seu marido, Professor António Borges Coelho e à sua filha Dr.ª

Sónia Borges Coelho, e ao PCP, as suas condolências.

Assembleia da República, 18 de junho de 2019.

Os Deputados do PCP: Jerónimo de Sousa — João Oliveira — António Filipe — Paula Santos — Carla

Cruz — Bruno Dias — Duarte Alves — Ana Mesquita — Diana Ferreira — Paulo Sá — João Dias — Ângela

Moreira — Jorge Machado — Francisco Lopes.

Outro subscritor: Marcos Perestrello (PS).

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VOTO N.º 846/XIII/4.ª

DE CONDENAÇÃO E SOLIDARIEDADE PELO RECENTE ATAQUE CONTRA DOIS MILITARES DA

GUARDA NACIONAL REPUBLICANA

Na madrugada do passado Sábado, dia 15 de junho, no decurso de uma ação de fiscalização, uma

patrulha da GNR foi baleada por indivíduos que se colocaram em fuga, tendo ferido os militares na cara e nas

mãos. Um dos militares continua internado, com uma bala alojada no maxilar.

O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2018 dá conta de que no ano passado 1159 elementos

das forças e serviços de segurança ficaram feridos em serviço, sem necessidade de internamento, enquanto

em 2017 esse número foi de 265.

Estes números são preocupantes indiciando uma quebra da autoridade do Estado à qual não serão alheias

as crescentes dificuldades para o exercício das suas funções e missões que os elementos das forças e

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