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7 DE OUTUBRO DE 2021

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versões diferentes e ainda não se sabe a que velocidade seguia o carro conduzido pelo motorista de Eduardo

Cabrita».

Ainda nesta notícia, uma vez mais, referenciava o mencionado órgão de comunicação social que MAI e

BRISA tinham versões contraditórias no que respeitava à velocidade a que se deslocava a viatura do Estado «O

MAI nunca se pronunciou sobre a questão da velocidade, que nas autoestradas é de 120 quilómetros por hora,

sendo que as viaturas oficiais podem exceder o limite se estiverem em ‘marcha de emergência’ devidamente

assinalada.»

Adiante poderia ler-se ainda a consideração de que, e cita-se novamente: «A velocidade a que circulava a

viatura de Eduardo Cabrita ‘pode ter tido uma contribuição decisiva’ para a ocorrência do atropelamento,

defendeu João Dias, o perito em acidentes rodoviários e professor no Instituto Superior Técnico, no programa

‘Em Nome da Lei da Renascença’ e que ‘a velocidade pode não ter sido registada pelo veículo’, admite João

Dias, mas é sempre possível avaliar a velocidade a que seguia Eduardo Cabrita por outros elementos que

estarão a ser recolhidos pela peritagem que a GNR estará a fazer.»

Também sobre esta matéria não se verificaram até ao momento os bastantes, devidos, necessários e claros

esclarecimentos.

No entanto, curiosamente, pouco tempo antes, a 1 de julho, num extenso artigo da «Visão», considera-se

que «Um dos colegas da vítima, que assistiu ao acidente, descreve, ao Correio da Manhã, que o carro do MAI

vinha com uma ‘velocidade louca’. A mesma testemunha garante que a sinalização estava feita e que o colega

vestia um colete refletor, acrescentando que tanto o ministro como o motorista nunca chegaram a sair do carro.»

Face a esta circunstância, informava a supra mencionada publicação que, e cita-se; «Questionado pela Visão

sobre a velocidade a que seguia o carro e a garantia de sinalização da obra por parte da empresa, o ministério

indica que ‘não tem nada a acrescentar aos esclarecimentos públicos já prestados’ e mais adiante que, citando

novamente; ‘Segundo o Correio da Manhã, quando os elementos do Núcleo de Investigação Criminal a

Acidentes de Viação da GNR de Évora quiseram fazer novas diligências ao carro, foram impedidos ‘por ordem

superior’. Os cálculos de estimativas feitas com base nos registos da Via Verde e das câmaras da A6 e a hora

do acidente indiciam que o carro oficial do Ministro da Administração Interna circulava a uma velocidade média

de 200 km/h.»

Ainda sobre esta matéria, noticiava o «NASCER DO SOL» de 3 de julho que o carro do ministro circularia a

mais de 200 km/hora. Cita-se: «Todos os testemunhos ouvidos pelo Nascer do SOL e nas investigações ao

acidente que envolveu o carro do ministro Eduardo Cabrita, vitimando um trabalhador de 43 anos na A6, admitem

que a viatura circulava a mais de 200 km/h. Aguarda-se a perícia da BMW ao carro, que está equipado com um

computador interno onde é guardada toda a informação e que deverá ser feita pela marca nos próximos dias.»

Tendo como base estes exemplos, que são apenas alguns de tantos mais que se encontram disponíveis, é

nesta amálgama de ausência de clarificação e concordância de versões que ainda hoje nos encontramos.

Não se compreende e muito menos se pode admitir que esta circunstância se mantenha tal como está, sendo

por isso desejável, senão mesmo imperioso, que com celeridade e sem qualquer hipotética manipulação ou

ocultação de quaisquer pormenores, tudo seja devida e capazmente esclarecido.

Neste sentido, existem ainda um conjunto de circunstâncias que urge apurar para que com clareza se

compreendam todos os pormenores do sucedido, como por exemplo:

1 – Houve ou não ordens para que não se realizassem as diligências habituais nestes acontecimentos pelas

autoridades competentes;

2 – Houve ou não interferência direta do Ministério da Administração Interna na atuação do INEM e da GNR,

face às diligências que tinham, por lei, de realizar;

3 – Houve ou não tentativa de responsabilizar indevidamente a vítima mortal do acidente e desresponsabilizar

o ministro ou os seus funcionários no acidente;

4 – Por que motivo continua o Ministério da Administração Interna a escudar-se no segredo de justiça para

não prestar informações, quando o veículo envolvido no acidente era alegadamente um veículo do Estado,

transportando um governante e diversos funcionários sob a sua tutela.

Neste sentido, face à gravidade das dúvidas e factos mencionados e sobretudo à falta de informação sobre

os mesmos, o Chega considera que é fundamental constituir uma comissão parlamentar de inquérito que permita