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23 DE OUTUBRO DE 2021

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(condado de Essex) desde 1997, tendo sido eleito para o Parlamento britânico, pela primeira vez, em 1983.

Nascido em Plainstow, Essex, a 26 de março de 1952, Sir David Amess estudou Economia na Universidade

de Bournemouth, tendo desempenhado funções de professor primário. Católico, de 69 anos, casado, deixa

agora cinco filhos.

Eleito pelo Partido Conservador, em 1982, para servir como Councillor pelo círculo eleitoral de Redbridge, foi

apontado pela população de Basildon, sua terra predileta, para desempenhar esta mesma função em 1983.

O Primeiro-Ministro, Boris Jonhson, elogiou Sir David Amess como «uma das pessoas mais gentis e

generosas na Política», conhecido pela «redação de leis para proteger os mais vulneráveis». Destacou-se

nomeadamente pelo seu dedicado envolvimento na promulgação do Protection Against Cruel Tethering Act, de

1988, em luta contra os maus-tratos animais e do Warm Homes and Energy Conservation Act, de 2000, contra

a pobreza energética.

Um atentado contra um Deputado é sempre um atentado contra a própria democracia. Nenhuma diferença

de opinião, disputa ideológica, desentendimento pessoal, pode, em momento algum, justificar a violência, muito

menos um ato tão hediondo e cruel como o assassinato de um servidor público.

Deste modo, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, condena profundamente o vil e

cobarde assassinato de Sir David Amess, assim como todas as formas de atentados à vida humana, transmitindo

à sua família e amigos, aos representantes colegas de Amess, ao Partido Conservador inglês e a todos os

Deputados do Parlamento inglês, bem como à população do Reino Unido, as mais sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 20 de outubro de 2021.

O Presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, Sérgio Sousa Pinto.

Outros subscritores: Alexandre Quintanilha (PS) — Sara Madruga da Costa (PSD).

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PROJETO DE VOTO N.º 691/XIV/3.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ARMANDA PASSOS

Faleceu no passado dia 19 de outubro, aos 77 anos, Armanda Passos, referência maior da pintura

contemporânea portuguesa.

Nascida em 1944, em Peso da Régua, Maria Armanda Pinheiro da Silva Passos licenciou-se em Artes

Plásticas pela Escola Superior de Belas-Artes da Universidade do Porto, instituição a que ficou para sempre

ligada e de que era uma das principais referências estéticas.

Foi na cidade do Porto que se fixou e onde realizou a sua primeira exposição individual, Pintura e Desenho,

em 1981, onde logo se destacou pelas emblemáticas representações de aves e por mulheres de volumes

avultados, aproximando-a da arte neofigurativa.

Membro do grupo Série Artistas Impressores, Armanda Passos deixa uma vasta obra, que cruza a pintura, o

desenho e a serigrafia, atestando o seu imenso talento – que, segundo a própria, «(…) se foi manifestando

devagar».

Foi também com o tempo que surgiu o seu reconhecimento, patente nas centenas de exposições em que

participou, individuais e coletivas, em Portugal e além-fronteiras, contribuindo para afirmar universalmente a sua

obra, justamente celebrada com as retrospetivas Reservas e Obra Gráfica, que a Universidade do Porto

promoveu em 2011, a par da publicação de Armanda Passos – Centenário U.P. – Uma Retrospetiva, de José-

Augusto França, Manuel Sobrinho Simões e Luís de Moura Sobral.

Armanda Passos encontra-se representada em coleções públicas (Museu Nacional de Arte Contemporânea

– Museu do Chiado, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Museu de Serralves, Museu

do Douro – a que doou parte importante do seu acervo artístico – ou Museu da Quinta de Santiago, em

Matosinhos – a que legou também obras significativas) e privadas.